Tag: pós pandemia

  • Restaurantes devem voltar a funcionar até às 23 horas no Ceará

    Restaurantes devem voltar a funcionar até às 23 horas no Ceará

    Segundo a Associação de Bares e Restaurantes do Ceará, os restaurantes devem passar a funcionar até às 23h, porém os bares permanecem fechados na quarta fase do plano de retomada da economia no Ceará, que está prevista para o dia 20 de julho em Fortaleza.

    Rodolphe Trindade, presidente da entidade, fala que houve um acerto com o Governo do Estado para os restaurantes abrirem até as 23 horas.

    “Nós ainda vamos conversar com o Flávio Ataliba (secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará), para saber se terá algum ajuste de protocolo. A abertura até às 23 horas começaria na segunda-feira, com limitação de público a 50% da capacidade”.

    O presidente da Abrasel-Ce irá se reunir ainda hoje com o Governador do Estado, Camilo Santana, para ter mais informações sobre a nova fase.

    “É preciso preparar as equipes, têm funcionários que ainda estão afastados nos moldes da Medida Provisória 936 e eu imagino que será preciso trazê-los de volta. Tem muitos restaurantes que ainda não reabriram porque a operação apenas durante o dia não compensa”.

    O presidente da associação ainda afirma que quanto mais tempo levar para os restaurantes abrirem mais difícil será sua retomada.

    Quanto mais tempo à gente demora a voltar, mais tempo leva pra conquistar a confiança dos clientes. Se eu retorno mais cedo, minha equipe consegue se adequar mais cedo. Mais tempo de estabelecimentos fechados representa ainda menos recursos para manter o negócio e manter os funcionários, além de menos recursos para custear uma retomada segura, garantindo todos os EPIs necessários.

  • Bares e Restaurantes de SP preferem não reabrir no momento

    Bares e Restaurantes de SP preferem não reabrir no momento

    A Prefeitura de São Paulo autorizou a reabertura de bares e restaurantes a partir do dia 6 de Julho com horário restrito (de 11 horas às 17horas), porém mesmo com essa autorização muitos estabelecimentos preferiram continuar fechados.

    Além da restrição de horários, a prefeitura não permitiu que os estabelecimentos colocassem mesas e cadeiras nas calçadas, o que está afetando mais ainda os negócios.

    Uma pesquisa foi realizada na segunda e terça feira na capital com 140 estabelecimentos, no qual 80% dos bares e 59% dos restaurantes optaram por não reabrir as portas e pretendem continuar assim, de acordo com a Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP).

    O presidente da Abrasel – SP, Percival Maricato, aponta vários fatores, além dos já citados anteriormente, para explicar à baixa adesão à reabertura dos estabelecimentos do setor da alimentação fora do lar.

    “Há muita insegurança da parte dos empresários: a Prefeitura vai voltar atrás, o cliente vai aparecer? Do jeito que foi feito ficou inviabilizado o negócio para os estabelecimentos que servem café da manhã, pizzarias e bares, estes dois últimos com maior concentração do movimento no período noturno. O que queremos é que abertura pelo período de seis horas seja flexibilizada, de acordo com o perfil do estabelecimento, com os bares à noite, por exemplo”

    A Pizzaria Villa Roma Bistrô foi um dos estabelecimentos que decidiu não reabrir no momento, pois a maioria de sua clientela são pessoas que trabalham nas imediações do restaurante, como eles estão em home office, a freguesia diminuiu consideravelmente. O proprietário, Gabriel Pinheiro, decidiu, mesmo com prejuízo, pois esse nicho representa apenas 20% do seu faturamento, continuar trabalhando apenas com delivery.

    O sócio do Grupo Veras, que possui 6 bares espalhados pela capital, Facundo Guerra, acredita que os bares são vetores de transmissão do novo coronavírus e que só irá retomar as atividades de seus negócios quando ele se sentir seguro ao ponto de poder levar sua mãe, de 70 anos, para jantar.

    Guerra conta que teve que desligar mais de 200 funcionários, desmobilizando, assim, a equipe dos seus estabelecimentos. Para poder retomar as atividades teria que fazer um alto investimento em treinamentos e adaptações para o momento em que estamos vivenciando, além que o horário permitido para o funcionamento não é adequado nem para bares e nem para restaurantes, visto que 70% do movimento ocorre durante à noite.

     Muitos bares que vão tentar retomar agora vão acabar quebrando porque não há garantias de que esse investimento necessário à reabertura tenha retorno, o público não está respondendo.

    Carlos Henrique de Freitas, sócio do restaurante, que está há 106 anos no mercado, temem está adiando a reabertura.

    “É muita exigência para pouco cliente. O povo está com medo, está sem dinheiro e não sei se vale a pena voltar. Estamos devendo empréstimos e no limite do cheque especial, infelizmente o nosso restaurante está mais para o não vai do que vai.”

    Até os restaurantes renomados de Alex Atala, Dalva Dito e D.O.M, informaram que não tem data prevista para a reabertura após a flexibilização da prefeitura da cidade.

    Segundo a Abrasel de São Paulo, os estabelecimentos de alimentação fora do lar que decidiram abrir desde segunda feira tiveram um movimento muito fraco. De acordo com as contas de Maricato, desde o início da pandemia, 50 mil estabelecimentos deixaram de funcionar definitivamente no Estado, levando cerca de 300 mil desempregos.

  • Covid-19: NY adiou a reabertura dos salões dos bares e restaurantes

    Covid-19: NY adiou a reabertura dos salões dos bares e restaurantes

    A liberação das refeições dentro dos restaurantes em Nova York estava prevista para dia 6 de julho, porém a autorização para permitir a reabertura dos salões internos foi adiada, isso ocorreu devido à explosão de novos casos de coronavírus em outros estados dos Estados Unidos após uma reabertura apressada.

    A cidade de Nova York registrou mais de 22 mil mortes por coronavírus desde março, enquanto os casos que resultaram em óbitos no estado de Nova York ultrapassaram a 32 mil.

    Os casos na cidade de Nova York, antigo epicentro nacional da pandemia, nas últimas semanas diminuíram drasticamente. A cidade iria entrar na terceira fase do plano de reabertura do comércio na segunda-feira, 6 de julho, o que previa refeições dentre de estabelecimentos de alimentação fora do lar, porém com uma capacidade limitada.

    De Balsio, prefeito da cidade de NY, acredita que não está no momento de avançar para as refeições dentro dos estabelecimentos.

    Acredito que todos compartilhamos da preocupação de que comer dentro de um restaurante se tornou problemático […] aguardamos ter provas de que podemos fazê-lo de forma segura.

    A segunda fase de reabertura em Nova York começou na segunda feira da semana passada, no qual permitiu a reabertura do de salões de beleza e refeições em pátios e terraços de restaurantes e bares, com capacidade limitada e distanciamento social.

    Para frear o possível aumento de casos em NY o prefeito seguiu as orientações do principal especialista em doenças infecciosas do país, Anthony Fauci, no qual ele alertou que o saldo de novos casos diários pode subir para 100.000 se as autoridades e o público não tomarem medidas para frear o contágio.

  • Covid: Ypióca doará 15 milhões para bares e restaurantes se recuperarem

    Covid: Ypióca doará 15 milhões para bares e restaurantes se recuperarem

    Diageo, líder mundial de bebidas alcoólicas premium e proprietária da marca Ypióca, anunciou uma iniciativa global para apoiar bares e restaurantes a se recuperarem após a pandemia da Covid-19.

    O projeto denominado de “Movimento Pró-Bar – Estamos Juntos” será um programa de dois anos que vai oferecer para os estabelecimentos do setor treinamento e acesso gratuito a treinamentos e suporte on-line por meio da Diageo Bar Academy.

    Além disso, a Diageo irá destinar US$ 100 milhões, cerca de 500 milhões de reais, em auxílios para a recuperação dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em cidades como São Paulo, Nova York, Londres, Edimburgo, Dublin, Belfast, Cidade do México, Shanghai, Déli, Mumbai, Bangalore, Nairóbi, Dar es Salaam, Kampala, Sydney.

    O presidente da Diageo para América Latina & Caribe, Alberto Gavazzi, afirma que a iniciativa tem como objetivo:

    […] apoiar a recuperação deste setor-chave para a criação de empregos e recuperação econômica da região.

    Ivan Menezes, CEO global da Diageo, comenta que “Muitos pontos de venda foram afetados por essa crise e precisam urgentemente de ajuda para reabrir suas portas. Eles desempenham um papel essencial no encontro de pessoas para socializar e celebrar e geram centenas de milhões de empregos, muitas vezes o primeiro da carreira de uma pessoa”

    O investimento no Brasil será de R$ 15 milhões destinados a bares e restaurantes de São Paulo e de outras cidades que ainda serão definidas. .

    “Queremos que esse fundo, aliado a outras iniciativas da empresa para esse momento da retomada, ajude a reerguer o setor que sofreu um grande impacto com a pandemia do coronavírus”, afirma Gregorio Gutiérrez, presidente da Diageo para Paraguai, Uruguai e Brasil.  “Vamos avaliar e aplicar os recursos de forma disciplinada para que realmente possamos nos levantar juntos e fortalecidos dessa crise”.

    O estabelecimento que ficou interessado na iniciativa da multinacional deve realizar um cadastro a partir do dia 24 de junho por meio da plataforma Diageo Bar Academy .

  • Chefs espanhóis se reinventam para reabrir seus restaurantes

    Chefs espanhóis se reinventam para reabrir seus restaurantes

    Desde o dia 14 de março o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, decretou estado de alarme devido à pandemia do novo coronavírus, fechando bares e restaurantes do país.

    O setor de hotelaria (incluindo alojamentos, bares e restaurantes) da Espanha movimenta 124 bilhões de euros ao ano, o que equivale a 6,2% do PIB nacional, empregando 1,7 milhões de pessoas.

    Um estudo do impacto do Covid-19 publicado pela consultoria Bain & Company and EY prevê um faturamento de 40% a menos em 2020, o que ocasionará perda de 200 mil empregos.

    O plano de “desconfinamento”, inaugurado em 2 de maio, permitiu a reabertura dos terraços de bares e restaurantes, com 50% da capacidade desde a primeira fase.

    Um manifesto lançado pela Euro-Toques (associação internacional de cozinheiros, presidida por Andoni Luis Aduriz) no final de abril cobra do governo  “empatia, rigor e coordenação” nas medidas que deverão ser aplicadas no setor para fazer frente à crise de saúde pública. Esse manifesto foi reproduzido em um vídeo que teve a participação de grandes chefs, como Ferran Adrià, Juan Mari Arzak, Eneko Atxa.

    Não diferentemente dos restaurantes brasileiros, os restaurantes espanhóis se preparam para reabrir de forma gradual.

    As medidas sugeridas pelo Basque Culinary (escola de cozinha mais renomado do país) em parceria com a Euro-Toques e diversos especialistas em segurança alimentar devem ser analisadas pelo governo.

    Uso de máscara obrigatório pelos funcionários, a troca completa de toalhas a cada serviço, eliminação de elementos decorativos da mesa e o fim do cardápio de papel, são alguns exemplos de medidas sugeridas.

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    Oriol Castro (centro) e sócios do Disfrutar: mudanças na disposição do restaurante para voltar à ativa (Fonte: divulgação)

    No Disfrutar comandado pelos chefs Oriol Castro, Mateu Casañas e Eduard Xatruch, restaurante posicionando entre os 10 melhores do mundo e premiado com duas estrelas no guia Michelin, já começou a se adaptar às novas condições sanitárias. Oriol Castro fala sobre as obras já em andamento:

    “Já estabelecemos uma separação de dois metros entre as mesas e estamos pesquisando divisórias de metacrilato para isolar a cozinha da passagem dos clientes, sem impedir que vejam toda a equipe trabalhando […] Também teremos dispensadores de álcool em todas as mesas e colocaremos um tapete na entrada que permite a desinfecção dos pés.”

    A crise do coronavírus também atrasou os planos do renomado catalão Ferran Adrià, pois tinha a previsão de abrir o seu novo projeto, elBulli1846, no primeiro semestre deste ano. O chefe não arrisca uma nova data de abertura, porém surpreendeu seus seguidores no Twitter ao voltar a pilotar o fogão para compartilhar uma série de receitas em vídeos no embalo de outros chefs célebres, como o Jordi Cruz, irmãos Torres, Nandu Jabany.

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    Enigma, restaurante em Barcelona que serve apenas 24 pessoas por turno (Fonte: divulgação)

    O filho caçula de Adrià, em 2017, lançou o seu projeto mais ambicioso, o Enigma. Este restaurante ocupa 500 metros quadrados, tendo capacidade apenas de 24 clientes por turno que são atendidos por 30 funcionários.

    Os clientes chegam em pequenos grupos em horários escalonados, para que, assim, nunca haja mais de seis pessoas na mesma etapa da jornada. “É uma mudança de paradigma através da revolução no espaço”, definiu Ferran Adrià na época da inauguração.

    Com três anos de antecedência, Albert pode ter inventado o restaurante ideal pós – pandemia.

  • Abrasel lança uma rede social para apoiar bares e restaurantes

    Abrasel lança uma rede social para apoiar bares e restaurantes

    A Abrasel (Associação brasileira de bares e restaurantes) lançou uma rede para apoiar os estabelecimentos da alimentação fora do lar no pós pandemia do novo coronavírus.

    Com o intuito de conectar pessoas, conhecimentos e oportunidades, em torno de áreas de interesse comum, a Abrasel criou esta plataforma, onde os usuários possam se apoiar de forma prática, expansiva e gratuita, de qualquer lugar do mundo, bastando ter acesso à internet.

    “Todo mundo que trabalha no setor seja empresário, garçom, contador, consultores e até mesmo advogados podem fazer parte da Rede Abrasel, mesmo sem ser nosso associado”, explica o presidente do Conselho de Administração da Abrasel, Paulo Nonaka.

    A rede Abrasel oferece uma rica troca de informações entre os profissionais do setor.

    “Esse ambiente foi pensado justamente para aproximar as pessoas, enriquecendo os diálogos e troca de informações para construirmos juntos soluções para um setor mais produtivo, ajudando até quem está em áreas mais afastadas ou conta com menos recursos. […] A rede está dentro de um guarda-chuva maior, que de forma ágil irá revolucionar a alimentação fora do lar tornando informação e conhecimento acessíveis em benefício do empreender e da sociedade”

    Nesta rede, há conteúdos exclusivos e comunidades colaborativas com presença de mais de 20 especialistas e empresários do todo o Brasil e com uma agenda de lives, webinars e cursos para o setor de bares e restaurantes.

    O apoio conta com alguns temas:

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    Rede Abrasel (Fonte: divulgação)

    planejamento para a retomada: Orientações para o planejamento da retomada segura das atividades de bares e restaurantes pós crise

    financiamento e crédito: Informações sobre as principais linhas de crédito disponíveis no mercado.

    delivery e take away: Informações sobre os cuidados necessários durante a crise e as oportunidades de mercado

    questões trabalhistas: Dicas de gestão de pessoas e informações sobre legislação trabalhista e outros aspectos legais. 

    Marketing e vendas: Boas práticas para aumentar as vendas, melhorar a visibilidade da marca e o relacionamento com os clientes.

    equilíbrio emocional: Apoio para manter a saúde mental durante a crise.

    Gestão tributária: Informações sobre decisões do Governo e orientações de como identificar possíveis tributações incorretas.

    Gestão de caixa: Dicas de medidas a serem tomadas durante a crise para manter o caixa saudável.

    A Abrasel conta com sua colaboração para contribuir e defender o setor de alimentação fora do lar, para que, assim, consiga manter milhões de empregos e negócios.

  • Restaurantes e bares do Ceará se preparam para reabrir em 22 de junho

    Restaurantes e bares do Ceará se preparam para reabrir em 22 de junho

    Após 69 dias, sendo 49 dias de isolamento social e 20 dias de lockdown, o governador do estado do Ceará, juntamente com o prefeito de Fortaleza, lançam um plano de reabertura do comércio de forma gradual e lenta.

     Os bares e restaurantes foram autorizados a funcionar apenas na segunda fase (22 de junho) do processo de flexibilização das atividades econômicas.

    De acordo com a proposta do Governo, os estabelecimentos  da alimentação fora do lar devem funcionar com no máximo 15 mesas para que se mantenha uma distância segura entre os clientes.

    Porém, a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) do Ceará emitiu um ofício questionando tanto o dia da abertura quanto o número de mesas, pois de acordo com o empresário e presidente da entidade, Rodolphe Trindade, os restaurantes deveriam funcionar logo na primeira fase, visando atender aos trabalhadores que precisarão ter onde se alimentar.

    “Em outros estados que já reabriram parte de sua economia, os que não colocaram os restaurantes abertos para atender os trabalhadores, tiveram grandes aglomerações em supermercados e padarias, o que ocasionou sérios riscos à saúde dos mesmos e possíveis aumentos nos índices de casos de contaminações”

    Em relação a quantidade de mesas em cada estabelecimento, o ofício sugere que os restaurantes/bares funcionem apenas com a metade de sua capacidade, respeitando, assim, o distanciamento mínimo entre as mesas.

     “Alguns vão ficar totalmente vazios nessa condição, não compensando sua reabertura, e outros menores ficarão superlotados”

  • Restaurantes buscam estratégias para futura reabertura pós pandemia

    Restaurantes buscam estratégias para futura reabertura pós pandemia

    Desde o início do isolamento social imposto devido à pandemia do Covid-19, cerca de 20% dos empreendimentos do setor de alimentação fora do lar de todo o país fecharam as portas definitivamente, deixando pelo menos 1 milhão de desempregados.

    A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) pede cautela das decisões dos estados e prefeituras ao retornarem as atividades, pois o risco de abrir agora e ter que voltar a fechar depois pode ser ainda mais prejudicial para o setor.

    O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, afirma que:

    A retomada no nosso setor é muito mais complexa. Nosso produto é perecível, é preciso abrir negociação com fornecedores, comprar e preparar estoque. Se fechar de novo, se perde tudo. Não dá para abrir e depois fechar se precisar, conforme alguns governadores e prefeitos têm falado

    Alguns empresários relatam, mesmo com a adoção de delivery ou take out, perda de até 80% no seu faturamento.

    “A nossa previsão é que vamos operar ainda mais 3 ou 4 meses pelo menos com prejuízo. Cenário de normalidade mesmo, com a retomada dos valores pré-crise, só a partir do ano que vem”, avalia Paulo Solmucci.

    adaptação pós pandemia
    Bares e restaurantes irão ter que se adaptar ao pós pandemia (Fonte: divulgação)

    Mesmo sem previsão de retorno, donos de bares e restaurantes, apesar de preverem uma retornada lenta, com o intuito de garantir mais segurança para seus clientes, buscam soluções estratégias para a reabertura dos seus estabelecimentos, adaptando os seus serviços e instalações para quando forem autorizados a funcionar normalmente.

    O “novo normal” contará não só um maior distanciamento entre mesas e reforço nas rotinas de higienização como também adaptações nos objetos e utensílios colocados nas mesas e balcões, além de mudanças na maneira de receber e servir os clientes. A nova rotina gastronômica deverá incluir, entre outras coisas, o fim do menu em papel, substituição dos guardanapos de pano, abandono do sistema self-service e muito álcool em gel.

    Paulo Solmucci ainda diz que o desafio mesmo do retorno será a convivência entre as pessoas, pois nem Anvisa nem a OMS pede que haja mudanças na parte da operação do restaurante em si, na parte da comida.

    Cartilha de recomendação para reabertura dos bares e restaurantes

    • Redução da capacidade de público e separação mínima de 1 metro entre as cadeiras ou 2 metros entre as mesas.
    • Distanciamento de 1 metro entre pessoas nas filas de entrada ou para o pagamento;
    • Uso de modelo de cardápio plastificado, que possa ser higienizado após o uso, ou de menu em lousas ou nas paredes;
    • Disponibilização de álcool em gel 70% na entrada, caixa e em pontos estratégicos;
    • Uso de lixeiras com tampa e pedal, nunca com acionamento manual;
    • Higienização de comandas em cartão e das maquininhas de pagamento a cada uso;
    • Instalação de barreira de acrílico no caixa;
    • Limpeza e higienização de mesas e cadeiras após cada refeição e desinfecção de objetos e superfícies que sejam tocados com frequência;
    • Reforço da higienização dos alimentos crus como frutas, legumes e verduras;
    • Em restaurantes por quilo, ter funcionários para servir os clientes, equipados com luvas e máscara, ou oferecer luvas de plástico descartáveis;
    • No sistema buffet, os alimentos devem ter bloqueio de placas de acrílico ou vidro, com protetores salivares com fechamentos laterais e frontal;
    • Oferta de talheres em embalagens individuais;
    • Orientar clientes sobre a importância de evitar o compartilhamento de talheres, copos e outros objetos à mesa, como o telefone celular;
    • Se a legislação local exigir que os clientes usem máscara ao entrar no estabelecimento, avaliar a possibilidade de oferecer máscaras descartáveis;

    Restaurantes

    Gariel Pinheiro, sócio da pizzaria Villa Roma, que possui duas unidades na cidade de São Paulo, acredita o setor de entretenimento será o último a retomar suas atividades normalmente.

    “Acho o setor de restaurantes vai ser um dos últimos a poder reabrir. Se tudo der certo, acho que a partir de junho começa a liberar.”

    pos pandemia
    Gabriel Pinheiro, sócio da Pizzaria Villa Roma, em São Paulo, que decidiu adaptar o serviço para uma futura reabertura com novos protocolos sanitários. (Fonte: Divulgação)

    Gabriel afirma que o serviço de delivery tem garantido uma receita de apenas 20% da que tinha antes da pandemia, mas que conseguiu negociar um abatimento de 50% no valor do aluguel.

    Vamos fazer o máximo para não demitir ninguém, mas vai depender também da economia, de como vai ser essa retomada. O que estou imaginando, com um movimento de 25% do que a gente tinha e mantendo o delivery, e chegar pelo menos aos 50%

    Gabriel também tem a convicção que nos  primeiros meses após a reabertura dificilmente conseguirá recuperar o movimento de clientes, mesmo porque terá que reduzir o número de mesas dos seus salões em mais da metade passando de 220 para 100 lugares.

    Imagino que vai ser um período difícil nos próximos 6 meses pelo menos. O maior problema nosso é a retomada da confiança, os clientes entenderem que o restaurante está tomando todos os cuidados

    O empresário já começou a fazer alguns investimentos para se adaptar ao momento atual. Já adquiriu máscara com proteção de acrílico para fornecer para todos os garçons e funcionário, termômetro infravermelho para medir a temperatura dos clientes já na porta de entrada. Alterou o seu cardápio, deixando-o plastificado para facilitar a higienização do mesmo. Oferecer luvas plásticas para os clientes que desejarem comer a pizza sem uso de talheres.

    Além disso, a pizzaria planeja em um primeiro momento atender apenas com reservas, para evitar filas e aglomerações na porta do restaurante.

    Já o restaurante por quilo Bendita Panelinha, com duas unidades em São Paulo, estuda a reabertura do estabelecimentos com funcionários servindo os clientes no lugar do tradicional self-service, além de placas de proteção de acrílico na frente da comida, outra opção que está sendo avaliada, é oferecer luvas descartáveis para os clientes se servirem.

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    Restaurante a quilo no Centro de São Paulo estuda acabar com o self service e colocar funcionários para fazer os pratos dos clientes. (Fonte: Divulgação)

    O sócio do estabelecimento, Cássio Horita afirma que:

    Estamos fazendo contas e fazendo simulações. Ter funcionários de um lado da pista do buffet servindo e os clientes escolhendo me agrada mais. O problema é que vou precisar de no mínimo 5 ou 6 pessoas, é mais gente que vou ter que empregar. Vou esperar ver o que vai sair de restrição definitiva mesmo para decidir

    Além de mudar a forma de servir aos clientes, o empresário planeja demarcar o chão para orientar o distanciamento entre os clientes na fila e instalar  totens de autoatendimento para o pagamento das refeições.

    Apesar das adaptações que irão ser feitas, ele acredita que o faturamento irá cair pela metade.

    Meu restaurante ganha no giro. Se tiver metade dos assentos, meu faturamento também cai pela metade. Não adianta ficar só esperando voltar e achar que vai encher de novo porque não vai. Tenho que ser realista.

    Apesar dos novos desafios impostos pela pandemia, Horita acredita que o modelo de buffet por quilo não corre o risco de desaparecer. “Não acabará tão cedo, é um modelo muito popular no país e que o pessoal gosta. É uma questão de adaptação”, acredita.

    Ele conta que, por conta da pandemia, para não ficar sem nenhuma receita, adotou o delivery – mas que o faturamento representa apenas algo entre 15% e 20% do que tinha antes. Para reduzir as despesas, o empresário disse que optou pela redução de jornada da equipe entre 25% e 50% e suspensão de alguns poucos contratos.

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