Como o Delivery Redefiniu as Estratégias Empresariais: O setor de foodservice no Brasil, historicamente dinâmico e repleto de tendências, atravessa uma revolução significativa, especialmente após os desafios impostos pela pandemia. A estrela dessa transformação é o serviço de delivery, cujo crescimento nos últimos anos é tão vertiginoso que parece desafiar a gravidade econômica. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a quantidade de profissionais trabalhando no mercado de delivery no Brasil aumentou impressionantes 1000% nos últimos cinco anos, um sinal claro da mudança de paradigma.
Entenda Como o Delivery Redefiniu as Estratégias Empresariais:
Os números impressionam: em 2020, o delivery experimentou um crescimento de 80%, saltando para incríveis 89% em 2022. As previsões para 2023 indicam que esse crescimento não mostra sinais de desaceleração, estimando um aumento adicional de 7,8%. Essa tendência também é corroborada por uma pesquisa da Kantar na América Latina, que apontou um aumento de 66% no serviço de entregas, destacando sua ascensão como um fenômeno regional.
Os hábitos de consumo dos brasileiros estão se transformando rapidamente, refletidos no aumento significativo no número de clientes que fazem pedidos de delivery de uma a três vezes por mês. Esse indicador subiu de 15% em 2020 para 28% em 2022 e atingiu a marca de 32% em 2023. O mercado de entregas não é mais apenas uma comodidade; tornou-se uma parte essencial da experiência gastronômica.
Trabalhador na área de entregas. (Foto: Arquivo)
Essa mudança nos padrões de consumo não apenas impulsionou o setor de foodservice, mas também forçou uma reavaliação nas estratégias das empresas. Antes da pandemia, o mercado de entregas representava pouco mais de 10% do faturamento total dos restaurantes. Agora, esse percentual facilmente ultrapassa os 30%, evidenciando a importância crescente da entrega de refeições em domicílio nas estratégias de negócio.
Uma resposta inovadora a essa transformação foi a ascensão dos hubs de cozinhas independentes, conhecidos como dark kitchens, cloud kitchens ou cozinhas invisíveis. Estes estabelecimentos, especializados em retirada ou entrega, sem oferecer serviços presenciais, apresentam indicadores de desempenho surpreendentes. Com um Custo de Mercadoria Vendida (CMV) de 40%, considerando embalagens, e um Custo de Mão-de-Obra (CMO) de 18%, esses novos modelos de negócio redefinem as métricas tradicionais. O Custo de Ocupação (CO) também teve uma drástica modificação, caindo para 1,8% a 2,5%.
Em resposta a essas tendências, surgiram as cozinhas multimarcas, operações que abrigam diversas opções gastronômicas no mesmo espaço. Este modelo exige um planejamento cuidadoso na estrutura da cozinha para atender à demanda variada, promovendo eficiência e versatilidade.
Outro modelo de negócio inovador que ganhou destaque é a utilização de parte ociosa das operações para impulsionar o faturamento. Marcas como Divino Fogão têm projeto de expansão através de dark kitchens, permitindo que empreendedores comprem a licença da marca para oferecer os pratos através das entregas.
Loja Divino Fogão. (Foto: Arquivo/Divulgação)
Este modelo, exemplificado pelo Divino Fogão, apresenta uma abordagem de gastronomia do dia a dia, com receitas mais simples, utilizando três marcas distintas para maximizar o potencial de receitas no delivery.
A mensagem para quem deseja prosperar no setor de foodservice é clara: manter-se aberto às tendências do mercado, estudar o setor constantemente e buscar conhecimento são imperativos para reduzir riscos e obter sucesso nos resultados.
A revolução do delivery não é apenas uma mudança na forma como as refeições são entregues, mas uma transformação profunda nas estratégias empresariais, exigindo adaptação constante para acompanhar o ritmo acelerado desse novo paradigma.
A varejista Magazine Luiza anuncia a aquisição da startup de delivery de comida AiQFome, com sede na cidade paranaense de Maringá. O AiQFome será integrado ao aplicativo do Magalu, que já conta com uma carteira digital, o MagaluPay, e os e-commerces de Netshoes, Zattini, Época Cosméticos e Estante Virtual.
“O objetivo é transformar o aplicativo em um superapp. Temos mais de 30 milhões de usuários ativos mensais no nosso app Magalu, e nessa estratégia temos investido em aumento de sortimento. Sabemos que o pedido de comida no delivery é cada vez mais recorrente e a aquisição do AiQFome reforça a frequência de uso”,
diz Roberto Bellissimo, CFO do Magazine Luiza.
Com cobertura nacional, o AiQFome está presente em 350 cidades, localizadas por 21 estados, e com a previsão de chegada em mais 150 cidades ainda neste ano. A plataforma tem mais de 2 milhões de clientes cadastrados e recebe milhões de pedidos por ano, preparados por 17.000 restaurantes parceiros. Em média, cada usuário faz mais de três pedidos por mês, o que contribuirá para o aumento de recorrência de vendas que é parte da estratégia do Magalu.
Atualmente, a entrega final do pedido é de responsabilidade do restaurante parceiro. “Estamos trabalhando em um plano de logística para oferecer novas operações de entrega, mas já acreditamos ser um reforço no delivery de comida, especialmente em cidades do interior do Brasil de até 300.000 habitantes”, diz Igor Remigio, CEO do AiQFome. No futuro os entregadores parceiros da AiQFome podem ajudar a entregar também outros produtos do Magazine Luiza.
O AiQFome movimenta mais de 700 milhões de reais por ano. “Esse é mais um movimento cirúrgico do Magalu para desenvolver seu ecossistema de negócios e fortalecer seu superapp”, diz Bellissimo. “Com a aquisição, trazemos para dentro da empresa competências que ainda não possuímos.”
Com a aquisição, o AiQFome poderá ganhar escala, beneficiando-se, por exemplo, da força do LuizaLabs, laboratório de inovação que já conta com 1.300 desenvolvedores. A operação de aumento de escala deverá reproduzir o que já ocorreu com outras startups compradas pelo Magalu, como a Logbee, de tecnologia logística. Em maio de 2018, quando foi adquirida, a Logbee atuava apenas na cidade de São Paulo. Hoje, está presente em centenas de municípios.
O Magazine Luiza também prestará serviço aos restaurantes cadastrados no AiQFome, que, a partir de agora, terão acesso ao Magalu Pagamentos, ao Magalu Entregas e a todos os outros serviços do Magalu as a Service.
Recentemente, o Magalu adquiriu as startups Hubsales e Stoq, a plataforma de mídia da Inloco e o site de notícias de tecnologia Canaltech, que permitem gerar conteúdo, tráfego e conversão em vendas online e offline. A realização desses negócios — todos integrados à estratégia de formação de um ecossistema digital — estava prevista desde o follow-on realizado pela companhia em novembro do ano passado, quando foram levantados 4,2 bilhões de reais para suportar metas de crescimento exponencial.
“Mais do que executar nossa estratégia, acreditamos que estamos contribuindo para fortalecer o ambiente de inovação do país, formado principalmente por startups”, afirma Bellissimo. “Negócios como esse mostram ao mercado que há oportunidade de saída para os empreendedores e de ganho de escala para essas empresas.”
O Sebrae Ceará em parceria com Abrasel-Ce, ACC-CE, Sindirest, Prefeitura de Fortaleza, Sesc e o aplicativo Rappi estão realizando um evento gastronômico, cujo o tema é “Cores e Sabores de Fortaleza”. O Festival Gastronômico Sabores do Ceará começou ontem, 27, e vai até o dia 8 de setembro, conta com a participação de 50 estabelecimentos da capital cearense, apresentando 100 opções diferentes de pratos para os consumidores.
O festival se adequou ao formato delivery, devido ao “novo normal” que estamos vivenciando por conta da pandemia do novo coronavírus, que exige um distanciamento social para que a propagação dos vírus seja amenizada.
A gestora do projeto de turismo do Sebrae, Evelyne Tabosa, explica que o objetivo do festival é ajudar as empresas a retomarem suas atividades, além de torná-las mais conhecidas no mercado gastronômico de fortaleza.
Foto: divulgação
Essa é a primeira versão em formato delivery, especialmente para atender às orientações de distanciamento. Em um período em que as empresas ficaram bastante tempo fechadas, o Sebrae pensou em uma maneira de ajudá-las. O grande objetivo não é só incrementar as vendas durante o período do Festival, mas também fazer com que essas empresas se tornem conhecidas no mercado.
O festival, além de propor fortalecer os microempreendedores e pequenas empresas do setor de alimentação fora do lar que sofreram queda no faturamento devido à pandemia, tem o intuito de valorizar os produtos locais. Os estabelecimentos participantes devem criar um prato que contenha ao menos um ingrediente da terra, podendo ser de conceito livre ou já utilizar algo que já exista no cardápio do restaurante.
Pratos
Os restaurantes Bar Chá da Égua e o Mar de Rosas são exemplos de estabelecimentos que irão usar pratos já existentes em seus cardápios. A Tilápia do Chef, peixe grelhado com camarões refogados com alho, ervas frescas, tomate e azeite, além de acompanhado por batata rosti, será o prato disponibilizado pelo restaurante Bar Chá da Égua. Já o Mar de Rosas irá colocar uma opção de petisco – croquete de peixe à delícia – e duas opções de pratos principais no festival: Peixe Abençoado, filé de beijupirá grelhado com molho de capim santo e acompanhado por um arroz de sururu, e um prato de carne de sol que acompanha arroz de leite e picles de cebola roxa.
Lasanha Sertaneja (Foto: divulgação)
Já o estabelecimento Quitanda apostou na criação de uma lasanha sertaneja e o guioza com mix de cogumelos, além de apresentar o tradicional “casadinho”, que já eram conhecidos pelas feiras e eventos da capital, no qual são servidos dois pastéis, sendo um feito de banana da terra caramelizada com açúcar e canela e o outro com creme de atum.
Os pedidos são feitos através do site oficial do evento. Lá você escolhe qual categoria quer (Lanche, Petisco, Prato Principal e Sobremesa), aí é direcionado para as opções de entrega disponibilizadas pelos estabelecimentos.
Programação
Além de oferecer uma cartela de possibilidades culinárias, o Festival também prepara uma programação cultural diversa, com workshops, bate-papos e lives musicais. A iniciativa promove ainda a capacitação das empresas participantes por meio de consultorias gratuitas ofertadas pelo Sebrae. As aulas abordam temas como “Protocolo de ações sanitárias para a retomada”, com Marisa de Paula Arrais, e “Roteirização para atendimento de pedidos de entrega”, com Ana Aracelly, ambas mediante inscrição prévia.
Para animar os dias de evento, foram confirmados nomes como Waldonys, Banda Borogodó, Adelson Viana, Donaleda, Barbara, Edinho Vilas Boas, Murmurando, Banda Reite e Brasil Experimental. Já para as lives abertas, o evento traz convidados especiais para discussões acerca de montagem de cardápios para entrega, adaptação do negócio para delivery, estratégias para atrair clientes para as redes sociais. A programação completa e a inscrição está disponível nas redes sociais e no site oficial
Com o intuito de acompanhar as mudanças do mercado e do comportamento das pessoas sobre o “novo normal” provocado pela pandemia do Covid-19, o Burger King (BK) Brasil abriu à primeira “ghost kitchen” da rede.
O BK aproveitou uma unidade já existente em São Paulo para sofrer uma reestruturação para atender exclusivamente o canal de entregas, sem atendimento presencial. A unidade também foi adaptada para receber a cozinha do Popeys.
Segundo Iuri Miranda, presidente da BK Brasil, decidiu abrir uma unidade neste formato, pois percebeu um aumento nas vendas de delivery, além de ter o intuito de otimizar as lojas com o atendimento presencial.
O delivery no Brasil é um segmento em plena expansão e o modelo de atuação ‘ghost kitchen’ é uma tendência global, sabemos que os negócios avançam rumo a esse caminho. Este formato pode completar a nossa estratégia de expansão no país.
As vendas do grupo por meio de delivery e por drive thru aumentaram significativamente, passando a representar cerca de 80% do faturamento no segundo trimestre, tendo, assim, um crescimento superior a 200% nesse segmento.
O grupo espera que atender, a partir do próximo mês, cerca de 500 pedidos por dia. Este tipo de serviço estará disponível para os consumidores através dos aplicativos especializados em delivey como também na operação de entrega do próprio grupo.
A logística não mudará muito, caso o cliente estiver na área de cobertura da “ghost Kitchen” o pedido será direcionada para essa unidade, porém caso isso não ocorra, a demanda será destinada para a unidade mais próxima do endereço do cliente.
O presidente do grupo afirmou que o sucesso da operação vai determinar o processo de expansão do conceito para outras localidades do país. “Queremos compreender ainda melhor as oportunidades desse formato em nossa rede para, então, expandir essa modalidade para outras regiões do Brasil”
Você já escutou falar em coworking, aqueles escritórios compartilhados?
Agora esta tendência de mercado, que antes era apenas para escritórios, está sendo utilizada para a área de gastronomia.
Conhecida como “cloud kitchens” os empresários do ramo da alimentação que fornecem comida para mercados, restaurantes e entrega a domicílio deixam de investir em espaço próprio e passam a ser inquilinos dessas cozinhas compartilhadas.
A companhia de capital aberto, Steam Cloud Kitchen, anunciou que vai investir, em São Paulo, em um período de cinco anos, R$ 30 milhões na construção de 30 hubs culinários, com uma estrutura que irá comportar de oito a doze cozinhas para locação.
Fernando Dias um dos sócios- diretores da empresa, explica como será o “cloud kitchens” construído em São Paulo.
Cada hub será composto por múltiplas cozinhas em edifícios feitos exclusivamente para elas, de acordo com as normas e padrões do setor. O modelo é voltado para atender ao crescente mercado dos diversos aplicativos de delivery (Ifood, Uber Eats, Rappi etc), proporcionando redução de custo logístico, qualidade nos produtos e rapidez na liberação dos pedidos
Está prevista para setembro deste ano a inauguração da primeira delas, no qual já possui 80% do espaço já contratados.
Além das cozinhas, os espaços são preparados para atender delivery (Imagem: Divulgação)
O Studiolno, no mercado há cinco anos de cloud kitchens, começou o seu negócio comum imóvel de três cozinhas na zona oeste de São Paulo, em Perdizes, com o intuito de dar suporte para os food trucks e startups que atuam na região. Em 2019, a empresa investiu, na mesma região, em outro edifício com dez cozinhas e estrutura para delivery, dando o nome Hub CK. Hoje o negócio já tem 100% do espaço alugado.
A diretora da empresa, Diris Petribú, conta que os “clientes são, na maioria, restaurantes já consolidados. Nem todos têm o delivery próprio. Alguns deles estão sediados em outros pontos da cidade. Como não atendiam à região oeste, decidiram alugar o espaço para ampliar o raio de atuação
Além dos hubs que administra, o StudioIno é responsável pelos novos projetos de cloud kitchen da Steam e outros investidores.
O restaurante Da Mata Saladas, que já tinha um espaço próprio no Brooklyn, tornou-se cliente da Hub CK há sete meses para ampliar sua operação, ampliando os seus pedidos de 250 para 380 por dia. O custo médio do aluguel é de R$ 7 mil por mês, mas o proprietário compreende o motivo do aluguel do espaço ser tão caro.
É óbvio que o aluguel, num primeiro momento, assusta porque é um valor alto, mas quando você põe na conta que não precisa investir em equipamentos e não tem gasto com manutenção, acho que faz bastante sentido
O dono do Da Mata, Caio Ciampolin, pretende abrir mais cinco pontos comerciais nos próximos anos, todos nesse modelo. “É um jeito de expandir mais rápido, com investimento inicial quase zero. Evita muita dor de cabeça”.
Segundo a Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes) o mercado de delivery movimenta R$ 11 bilhões por ano no Brasil. E que, segundo o presidente da associação, Percival Maricato, é nesse ramo que as coud kitchens se encontram. Ele demonstra uma preocupação com a concorrência dos empreendimentos que possuem locais próprios, devido às condições tributárias impostas pelo governo.
“É um setor que está sendo estudado do ponto de vista jurídico, econômico e sanitário. Temos um problema que é a concorrência, para que seja feita em condições de igualdade: para que as cloud kitchens tenham as mesmas condições tributárias do que outras cozinhas”.
O modelo de negócio, que é inspirado no mercado da Índia, cresce globalmente a uma taxa de 20% ao ano e deve movimentar US$ 365 bilhões por ano até 2030, de acordo com um estudo do banco de investimentos UBS. “No nosso caso, tive contato com a ideia em uma viagem para Las Vegas”, revela o sócio-diretor da Steam, atualmente responsável pelo principal investimento do negócio no Brasil.
Depois de um buzinaço em São Paulo, em abril, e um protesto na Avenida Paulista, no começo de junho, os motoboys de todo o País vão parar em primeiro de julho em um protesto pedindo melhores condições de trabalho em meio a pandemia do Covid-19.
Dentre as reivindicações estão o aumento das corridas e da taxa mínima, seguro de vida e para roubos e acidentes, remuneração para compra de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas.
Além disso, os entregadores pedem o fim dos bloqueios e desligamentos indevidos pelos aplicativos e o fim do sistema de pontuação, que delimita as entregas que o motoboy pode fazer.
Segundo relatos dos entregadores, a condição de trabalho piorou durante a pandemia, pois os aplicativos não estão dando suporte em relação aos riscos sanitários e, além disso, eles relatam o tempo gasto em supermercados para abastecer a população que está em casa.
Os motoboys pedem que a população faça a avaliação dos aplicativos com nota baixa e que nesse dia não sejam realizados pedidos, dessa forma, estarão colaborando com o protesto.
O Ministério Público do Trabalho emitiu nota técnica com medidas a serem tomadas pelas empresas de transporte de mercadorias, como o fornecimento gratuito de álcool em gel, lavatórios com sabão e papel toalha, espaço e serviço de higienização para os veículos e água potável para o consumo desses profissionais. Segundo motoboys, a distribuição não tem sido suficiente.
O projeto de lei apresentado pelo vereador do Rio de Janeiro e presidente da Comissão de Indústria e Comércio, Rafael Aloisio Freitas, foi aprovado semana passada. Esse projeto, que agora é lei, diz que os aplicativos de delivery de alimentos, como o iFood, Rappi e UberEats só poderão aceitar em suas plataformas estabelecimentos que possuem licenciamento sanitário e alvará de funcionamento.
Os aplicativos também deverão disponibilizar um link para que os clientes possam checar as informações dos bares e restaurantes.
O vereador explicou que esse projeto vinha sendo desenvolvido antes mesmo da pandemia, mas que agora se torna fundamental para a segurança de todos.
É um projeto que já vínhamos desenvolvendo antes da pandemia. Mas agora virou uma questão fundamental para a segurança alimentar de todos nós, que cada vez mais utilizamos as plataformas de delivery. Precisamos ter segurança de saber que a comida que estamos pedindo vem de um bar ou restaurante regulamentado
Caso a lei não seja cumprida resultará em uma multa de R$ 2 mil, podendo ser acululativa, em caso de reincidência.
Ferando Blower, presidente do SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio), viu essa decisão com bons olhos. Pra ele, esse projeto é uma referência nacional, para questões não apenas de segurança, mas para valorizar os pequenos negócios do setor da alimentação fora do lar.
“Tenho certeza de que será implantado em centenas de municípios pelo país. É um projeto importantíssimo, que visa oferecer segurança alimentar para a população e que permitirá à Vigilância Sanitária encontrar e fiscalizar o comerciante. Fomenta a concorrência leal, entre negócios formais, de micro e pequenos empresários que pagam seus impostos e são fundamentais para o crescimento sustentável da cidade”
E para quem não é formalizado, os processos para obtenção do alvará e licenciamento são eletrônicos e não demoram.
O casal, chefes e proprietários do restaurante Bar da Onça, a Casa do Porco Bar, Sorveteria do Centro e a casa do cachorro quente Hot Pork decidiram fechar seus estabelecimentos devido à pandemia do novo coronavírus antes mesmo do governador do estado de São Paulo impor o fechamento do comércio e serviços.
Após mais de 10 semanas dos estabelecimentos fechados, o casal está preste a lançar um inédito serviço de delivery antes de abrir a casa novamente ao público, uma decisão que eles falaram que não tem data prevista.
O delivery irá funcionar em uma operação que une todas as casas, a princípio com uma equipe reduzida, com colaboradores que moram perto ou que possam ir de carro.
O casal afirma que esse novo modelo teve que ser gerido como se fosse um novo negócio, mesmo já tendo a experiência de entregas do Hot Pork e de alguns pratos d’A Casa do Porco, porém o seu foco não era o delivery, diferentemente de agora.
“É muito diferente pensar em pratos que serão consumidos em casa, e não no restaurante, onde temos o controle de tudo pela cozinha”
Os chefes acreditam que, após esse período que as pessoas estão mais em casa, irá ocorrer uma procura maior pela comida afetiva, nostálgica, que trazem conforto.
Bolinho de espinafre do Bar da Dona Onça entrega por delivery. (Fonte: divulgação)
“Vivemos um tempo que precisamos mais que nunca de humanidade, e a comida pode trazer isso”
O menu de delivery do Bar da Onça segue nesse caminho, o que não é de se estranhar, já que os pratos sempre foram voltados para uma comida popular brasileira. O cardápio conta desde um bolinho de espinafre, receita da avó da chef Janaína Rueda, até ao bife de panela e o frango caipira.
Na segunda fase do delivery, a chefe Janaína quer criar receitas de “paneladas”, que seriam comidas mandada para casa dos clientes na própria panela para refeições em família. “É abrir a panela, servir e comer”, explica. Ou, então, grande parte das opções do delivery serão enviadas em embalagens plásticas, que podem ir ao forno, congelador, micro-ondas e serem reutilizadas depois.
“Como um tapperware, mesmo, que é nem a gente faz em família, quando manda comida para quem a gente gosta”
Já n’A Casa do Porco, Jefferson Rueda também buscou inspirações familiares para fazer um canellonni de ricota com espinafre e uma lasanha de bolonhesa de porco caipira. No Hot Pork, comer o cachorro quente ganha a opção de reunir a família toda para prepará-los em kits (que inclui pão, salsicha, ketchup, mostarda e tudo para finalizar em casa) de 4 a 12 pessoas.
Kit para fazer cachorro quente em casa do Hot Pork (Fonte: divulgação)
Os chefes queriam não apenas mandar a comida, e, sim, uma experiência, um presente, com convicção de que delivery de comida não é apenas colocar em uma embalagem e enviar ao cliente.
“Pensei desde o princípio que queria fazer da ‘caixa de comida’ uma ‘caixa de presente’. Aquela sensação boa de quando a gente abre uma caixa cheia de bombons”, explica o chef.
Desta forma, eles desenvolveram todas as embalagens com os fornecedores e ainda criaram peças para entreter os clientes, de porquinhos a figurinhas autocolantes com a cara dos chefes, deixando, assim, aspectos mais lúdicos.
“Nossos restaurantes são alegres, divertidos. Precisávamos que as pessoas tivessem um pouco disso na casa delas, senão não faria sentido”.
Petiscos e nuggets do Hot Pork ganham nova identidade visual no delivery. (Fonte: divulgação)
O projeto de delivery não só para o momento de quarentena. “Agora, criamos essa plataforma digital com os vários itens que queríamos vender”. Isso envolve não apenas comida pronta, mas também itens que podem comprar e preparar suas refeições. Isso inclui massas frescas, embutidos, linguiças, banha de porco e pães. Tem também cervejas, coquetéis e cafés, além de doces, brigadeiros e quindins. É possível comprar merchandising do restaurante, como camisetas, livros dos chefes.
Em um segundo momento, Jefferson também planeja vender pela plataforma um kit do açougueiro, que seriam cortes de porco para churrasco, feitos a partir da produção que o chefe mantém no interior.
Segundo o Jefferson o mercado de delivery veio para ficar, porém não irá tirar o espaço dos restaurantes
“Delivery não vai tirar o lugar dos restaurantes, como muitos acreditam. Ele vai brigar com o supermercado, na verdade, com os produtos que se pode comprar nas gôndolas, dos ingredientes à comida pronta[…] O restaurante vai continuar sendo um local de experiência, de comer, ser servido e sair feliz. O que estamos vendo é uma nova forma de se relacionar com o cliente, de entrar na casa dele”, conclui.
O evento Mesa de Cinema, que é organizado pela jornalista Rejane Martins, tem o intuito de misturar gastronomia e cultura.
Há 15 anos o evento acontece de forma presencial, mas devido à pandemia do novo coronavírus, o evento chega a sua segunda edição virtual, entregando os pratos na casa dos participantes.
O próximo Mesa De Cinema acontecerá no dia 6 de junho e contará com a participação de chefes que irão preparar e mandar através de delivery as refeições temáticas. Os chefes serão de Porto Alegre, Gramado, Canela, Caxias do Sul e do Vale dos Sinos.
“A pessoa agenda o horário para receber a comida em casa, que inclui entrada, prato principal e sobremesa, e monta o evento como ela quiser […] É uma adaptação a esses tempos de pandemia e uma maneira de comemorar os 15 anos do Mesa de Cinema.”
filme espanhol À Moda da Casa (Fonte: divulgação)
O ingresso para o Mesa de Cinema está incluso, além do jantar, o link para assistir ao filme espanhol “À Moda da Casa”, com debate on-line com Rejane e Roger Lerina, às 19h.
Os tickets estão à venda com os valores a partir de R$90,00 (ingressos individuais e não estão incluso bebidas, no primeiro lote) e R$120,00 (no segundo lote). Há também opções que incluem bebidas, porém esse pacote é somente para participantes de Porto Alegre e Vale dos Sinos.
“Estamos fazendo com margem de lucro pequena, para movimentar o setor e afagar o público que está com a gente há tanto tempo. Tenho um núcleo de participantes que vão ao Mesa de Cinema desde 2005.”
O valor cobrado cobre os gastos dos chefes, os direitos autorais e cachês, Rejane considera que “Não é momento de ganhar dinheiro, mas de se acarinhar, ficar junto, separado.”
Para realizar o evento a jornalista trabalha com parceria em cada uma das cidades, sem em: Porto Alegre com o grupo Fuet, em Caxias do Sul, com o restaurante Sebastiana, em Gramado e Canela com o chef Del Hay e no Vale dos Sinos com Gastromundi.
Cardápio:
O cardápio contará com uma entrada, prato principal e sobremesa.
Entrada – trio de tapas (papa brava com aioli, croqueta de bacalhau, azeitonas temperadas);
Principal – Faves a la catalana com feijão branco e carnes defumadas;
Sobremesa – Crema catalana;
Vinhos (entrega somente em Porto Alegre e Vale dos Sinos) – Soto de Oñatil e Castilho San Simón.
Ficou interessado? Entra em contato através do email mesaprodutora@gmail.com ou pelo WhatsApp: (51) 98029-1235
Com o objetivo de incentivar o consumo da gastronomia local e de divulgar bares, restaurantes, lanchonetes, cafeterias por meio de entrega ou retirada (“take out”), a cidade de Itajaí em Santa Catarina lançou o 1º Festival Gastronômico Delivery de Itajaí.
Cada restaurante criou um prato exclusivo para o Festival, que será vendido por um preço fixo de R$ 39,90 e sem cobrar taxa de entrega para uma distância de até 8 quilômetros do estabelecimento.
Além do prato, o cliente pode solicitar um combo de 2 cervejas artesanais de marca local pelo valor de R$25, sendo uma Pilsen ou Lager e outra IPA ou outra especial.
O cardápio do Festival inclui hambúrgueres, massas, carnes, peixes, culinária japonesa, sorvetes, tortas e cafés, sendo que eles devem ser preparados com pelo menos dois ingredientes de produtores locais. Isso acontece com o intuito de movimentar e incentivar o comércio da cidade.
As receitas exclusivas passaram pela curadoria de uma equipe de professores da Unisociesc. Larissa Bissoli Vieira, coordenadora do Curso de Gastronomia da instituição, afirma que os ingredientes mais expressivos são frutos do mar de espécies encontradas na costa de itajaiense, incluindo a bottarga, que é uma ova de tainha, e terá também uma preparação com o uso de uma cerveja local.
A iniciativa do evento é do Itajaí Convention & Vistors Bureau, recebendo o patrocínio da Gomes da Costa Pescados, do aplicativo de entrega Alfred Delivery e do Pedilá.
O Festival acontecerá durante o mês de maio, do dia 8 ao dia 31. Para fazer o pedido de seu prato basta clicar aqui.
1º Festival Gastronômico Delivery de Itajaí (Fonte: Divulgação)
Participantes do Festival Gastronômico Delivery de Itajaí
Com o aumento das taxas de plataformas de delivery, a equipe Achou Gastronomia resolveu desenvolver uma forma na qual reúne entregadores e empresas, restaurantes. Dessa forma, você pode conseguir um delivery com um preço mais acessível.
Essa iniciativa visa ajudar os empresários da alimentação e os clientes com uma taxa menor, isso é, o empresário não precisa diminuir tanto sua margem de lucro, e o cliente pagará um preço mais justo por entrega. Além disso, os entregadores, não precisarão dividir o valor da entrega com nenhuma plataforma.
É importante salientar que a equipe da Achou Gastronomia não se responsabiliza por nenhuma parceria realizada entre as partes, e que o único intuito do portal é de compartilhar os contatos de estabelecimentos de alimentação e entregadores para que, assim, se firme um acordo beneficiando ambas as partes.
Mas qual o benefício em ter delivery próprio?
A equipe Achou Gastronomia acha válida toda forma legal de divulgação e venda dos serviços, seja pela plataforma de entrega ou pelo delivery próprio. A questão gira em torno das taxas.
Se por um lado, os aplicativos trazem maior visibilidade, pois acabam se tornando uma “vitrine”, mostrando o cardápio do estabelecimento, por outro, as taxas que os empreendedores pagam acabam sendo, por muitas vezes, altas, fazendo com que se torne difícil arcar com esses valores, principalmente no momento em que estamos vivendo. Muitos não conseguem ter nem mesmo, um lucro condizente com a taxa cobrada.
Então, ter um delivery próprio como plano alternativo é a mais viável das ações, pois a venda pode ser realizada por aplicativos gratuitos, como o WhatsApp Business. Esse aplicativo tem margem para que haja divulgação de promoções, cardápios, novidades, sem precisar ter custo adicional, não alterando a receita do estabelecimento.
Há duas formas de participar dessa ação da Achou Gastronomia, uma delas é respondendo um formulário, e a outra, é acessando a área de Empregos do portal.
Para o formulário: é bem simples de preencher e ajudará todos da cadeia de alimentação. Basta clicar aqui para preencher o formulário.
Para a área de Empregos do portal: você consegue cadastrar uma vaga no site, que ficará visível a quem acessar. Da mesma forma, se você está em busca de uma vaga, você pode se candidatar às que estão no ar. Dessa forma, os estabelecimentos podem cadastrar a vaga para um entregador ou achar um entregador para si. O mesmo vale para os entregadores: eles podem criar uma vaga ofertando seus serviços ou achar uma empresa que precise deles.
No último dia 15, o aplicativo, iFood, que liga bares e restaurantes a clientes, anunciou um reajuste nas taxas de entrega.
A taxa de entrega no raio de 2 quilômetros de distância do restaurante quase dobrou, passando de R$3,99 para R$7,99. E para distâncias acima de 7 quilômetros subiu de R$7,99 para R$13,99.
O iFood garante que os valores de entrega são variáveis, acompanhando o dinamismo do mercado, sendo assim, houve um aumento para alguns e redução para outros.
Os valores das rotas são calculados usando fatores como, por exemplo, a distância percorrida, a cidade e o dia da semana.
A plataforma quando foi questionada se o valor do reajuste da taxa de entrega era repassado para o entregador afirmou que, em abril, 61% dos entregadores receberam R$ 19 ou mais por hora trabalhada, “valor quatro vezes maior do que é pago por hora tendo como base o salário mínimo”. De acordo com levantamento dos dados da empresa, o ganho médio mensal dos funcionários que têm como renda principal as entregas, aumentaram 36% quando comparado à renda mensal de fevereiro.
Desde que começou a pandemia, o iFood destinou mais de R$14 milhões em medidas de proteção aos entregadores. Em março, foi criado um fundo de R$ 2 milhões para ajudar os entregadores que fazem parte do grupo de risco e para os que estão com sintomas ou infectados por Covid-19.
Além disso, a empresa também distribui kits de higiene com álcool em gel, máscaras e materiais informativos, plano de serviço em saúde, desconto no iFood Delivery Vantagens, gorjeta em dobro, seguro de vida. A plataforma também desenvolveu um recurso de entrega sem contato.
Vantagens como descontos em serviços como, por exemplo, óleo para moto e manutenção, seguro de moto, artigos eletrônicos.
O iFood justifica a necessidade do aumento mesmo com o crescente volume de pedidos desde o início do isolamento social, visto que grande parte de sua receita é aplicada em proteção do ecossistema de food delivery.
A demanda tenha aumentado durante o período de pandemia, a empresa tem colocado grande parte da receita em iniciativas de proteção do ecossistema de food delivery (entregador, restaurante e cliente), que é a sua prioridade neste momento.
Ponto de vista dos restaurantes
A dona de um restaurante self-service em Brasília, que preferiu não se identificar, pois depende do aplicativo para sobreviver em meio à pandemia, teme que esse reajuste interfira no seu faturamento.
Ela tem o restaurante há 15 anos e só agora decidiu optar ao delivery, visto que só assim conseguiria ter um pouco de capital de giro. Além de entregadores da plataforma do iFood, ela mantém dois motoboys que fazem entregas a custo de R$5 a R$7, dependendo da distância. E sabendo do custo da entrega, ela sabe as taxas de entrega do iFood são muito caras.
O cliente que pede um prato não quer pagar esse valor de frete, que, muitas vezes, equivale a 50% do preço da refeição. Isso vai impactar no bolso do consumidor e, indiretamente, no meu. Já tenho muita reclamação do valor da taxa atual. Imagina com esse aumento. Muitas pessoas vão desistir do pedido.
No restaurante Metta na zona oeste de São Paulo, segundo a proprietária Marcella Vallone, devido à pandemia, teve um aumento de 40% nas vendas via iFood.
Os seus clientes que costumavam ir a pé ao estabelecimento para almoçar, começaram a pedir por aplicativo. Porém, Marcella teme que o aumento de quase de 50% nas taxas de entregas possa impactar o s
“Nossos clientes, que ficam num raio de até três quilômetros do restaurante, podem achar cara essa taxa e desistir do pedido.”
Fonte: Divulgação
Mirany Soares, dona do Formaggio Mineiro, possui 5 lojas físicas em São Paulo e entrou no iFood, mesmo tendo entregadores próprios, com o intuito de aumentar a base de clientes durante a pandemia, mesmo considerando que as vendas pelo aplicativo não sejam significativas.
Pelo iFood os preços dos produtos da Formaggio Mineiro são 10% mais caros, isso é por conta dos custos do aplicativo. Como tem o seu próprio delivery que não cobra nada num raio de até 4 quilômetros e cobra R$2,70 por quilômetro que é ultrapassado, Mirany não compreende o aumento do preço.
Até entenderia o aumento nos custos se fosse de um fornecedor em dificuldades. Mas do iFood, não. Com a crise, o iFood está conquistando mais parceiros e clientes na sua plataforma. Ou seja, está ganhando nas duas pontas
Uma proprietária de uma doceria na zona oeste de São Paulo viu suas vendas crescerem até 30% após a adesão ao aplicativo, porém ela também teme que os clientes desistirem das compras devido à elevação do preço na taxa de entrega.
“Na atual situação [de pandemia], acho que todos deviam se ajudar. Se o iFood não pensar nos pequenos, eles vão quebrar, fechar as portas.”
Aberta em 2012, a doceria não tem loja física e trabalhava apenas com encomendas de bolos e doces para grandes festas. Com a pandemia, que fez com que muitos eventos fossem cancelados ou adiados, as encomendas caíram praticamente à zero.
O que muitos pediram, o iFood finalmente ouviu e acatou: ele aceitará cartões de vale refeição e alimentação para pagamentos online pelo aplicativo.
Com a pandemia causada pelo Covid-19, os restaurantes precisaram fechar as portas e funcionar apenas pelo delivery, além disso muito funcionários estão trabalhando de casa. Foi pensando nesse cenário que o iFood decidiu flexibilizar e tornar realidade essa novidade.
Até o momento, os cartões de vale-refeição eram aceitos apenas em restaurantes selecionados, porque a função estava em fase de testes no iFood desde o ano passado, quando começaram a ser aceitos como forma de pagamento.
“Estamos investindo na integração de canais e firmando parcerias com empresas estratégicas como o iFood, com o objetivo de promover inovações que facilitem a vida dos nossos consumidores e, consequentemente, aumentar o fluxo de vendas dos estabelecimentos parceiros, em especial os pequenos e médios que, neste momento tão delicado, precisam garantir seu fluxo de caixa“
Destaca Antônio Aguiar (Tombé), Diretor de Estabelecimentos da Sodexo Benefícios e Incentivos.
Para cadastrar seus cartões de alimentação, basta acessar a aba “Perfil”, entrar no menu “Pagamento” e em seguida selecionar “Vale Refeição”. Depois, é só preencher os dados e você poderá utilizar o benefício quando fizer suas compras pelo iFood.
A iniciativa faz parte de um pacote de medidas adotadas para proteger a saúde dos clientes, entregadores e restaurantes parceiros, já que é por meio do pagamento online que os usuários do aplicativo podem optar por receber seus pedidos sem contato físico.
A integração, atualmente, está disponível apenas em toda a cidade de São Paulo para os estabelecimentos que aceitam os vales, mas em breve estará liberada em todo o país.
Até o momento a novidade é válida para as bandeiras Alelo, Sodexo e VR.
Érick Jacquin, 55, chef de cozinha francês e naturalizado brasileiro, ficou conhecido pelo grande público através do MasterChef, reality show de gastronomia transmitido pela Band, no qual é júri do programa.
Pode-se dizer que esse trabalho foi um alívio para esse chef que é conhecido pelo seu humor e “braveza” no programa, pois foi com esse sucesso (e os demais subprodutos da fama, como palestras, comerciais e outros programas), apesar de seus dotes culinários indiscutíveis, que conseguiu pagar as dívidas (estima-se que elas superaram R$1 milhão) do seu antigo e falido restaurante, no qual possuía, também, diversos processos trabalhistas.
Após seis anos, decidiu abrir um novo restaurante, Président, com o seu sócio e empresário Orlando Leone.
Menu do restaurante do chef Jacquin possui foie gras, vieiras, caviar, trufas (Fonte: divulgação)
Jacquin aprendeu, com a experiência do seu antigo restaurante, a lição de nunca mais lidar com a parte financeira ou de recursos humanos do negócio, deixando isso para Orlando.
O chef define os ingredientes e eu negocio com os fornecedores – Orlando Leone
Jacquin não economizou no investimento do Président, fazendo com que o seu sócio gastasse muito mais do que estava esperando, principalmente quando se refere aos equipamentos e utensílios da cozinha.
Foi muito dinheiro, o dobro do que eu esperava. […] Os meus negócios costumam dar retorno em até três anos, mas sei que no Président será um pouco mais, como quatro ou cinco anos. – Orlando Leone
O cardápio do Président, como um autêntico restaurante francês, é recheado de foie gras, vieiras, caviar e trufas. Além dos pratos do a la carte, o menu conta com uma degustação com quatro ou mais pratos (a depender do chef) que sai a R$680,00, tem também o menu executivo (R$98,00) que é servido no almoço de terça a sexta, incluindo: entrada, prato principal e salada de frutas.
O grande chefe e apresentador, deu uma entrevista para VEJA falando de sua preocupação com o atual momento em que estamos vivendo.
Chef Jacquin na cozinha do seu novo restaurante Président (Fonte: divulgação)
Como o senhor está se adaptando ao atual momento?
Sempre falei que nunca mais ia abrir um restaurante. Quando decidi investir em uma nova casa, tive que fechá-la depois de quatro meses por conta de uma crise como a do coronavírus. Mas eu não sou o único, não é só o meu restaurante. É economia do Brasil, do mundo. Tem gente que é a favor de trabalhar, tem quem é contra. Mas a proteção da população, das crianças, dos idosos, das pessoas, vem à frente de tudo. A gente não pode fazer as pessoas irem trabalhar e arriscar a saúde delas. Ao mesmo tempo, muitas pessoas precisam trabalhar para comer amanhã. Ninguém sabe se o governo pode assumir essa situação e qual o poder financeiro deles. A bolsa de valores é uma coisa, mas a realidade, a geladeira dentro das casas das pessoas, é outra.
O senhor enxerga uma solução para o curto prazo?
O grande problema é o que vai acontecer depois de tudo isso, quais vão ser os resultados. Como as pessoas vão viver amanhã, qual o resultado dessa crise nas escolas, na economia, na segurança pública, no nosso futuro? Ninguém sabe. A gente é privilegiado, mas e os outros? Quem vai fazer as contas no final? Quem vai explicar isso para nós? Vamos mudar a sociedade? Vamos mudar a forma de fazer política no Brasil? O presidente fala uma coisa, o governador e o ministro falam outras coisas. Ninguém se entende. O meu restaurante é um pingo de água dentro do oceano. A gente decidiu fazer delivery no Président até como alternativa para manter o emprego das pessoas.
Qual é a sua principal preocupação?
O que me preocupa é o futuro da minha família. Eu tenho três filhos. Cadê o futuro deles depois disso? Até mesmo na segurança, qual o impacto disso? A babá que fez a pior coisa da vida com a minha família talvez seja solta. O pior é o futuro, o que vai acontecer depois que passarmos por tudo isso. Eu estou rezando para o futuro dos meus filhos. Já vivi mais da metade da minha vida. E os meus filhos? Um com 23 e os bebês com 2 anos? Esse país maravilhoso que tem tudo para ser o melhor do mundo, cadê o resultado do Brasil? Devia ser mil. Mas a gente não está nem com nota dois.
Já é um assunto recorrente aqui na Achou Gastronomia e na comunidade gastronômica a preocupação com o mercado da alimentação diante da pandemia COVID-19. Impossibilitados de funcionar de forma integral, com serviço de salão, os empreendedores estão desenvolvendo outros métodos em seus negócios para não pararem por completo nesta crise.
Confeitarias e cafeterias participam de campanha Apoie Um Restaurante com Nestlé e Stella Artois | Foto: Site da Campanha
Esse período de Páscoa que é tão esperado por consumidores e lojistas, pois a demanda é muito grande pelos produtos; se encontra em um momento histórico, com ruas vazias, lojas fechadas e casas sem ovos de chocolate. Da mesma forma os restaurantes, principalmente àqueles que trabalham com peixes e frutos do mar que são os mais consumidos nessa época pascoal, que antes eram locais de socialização e encontro, agora estão temporariamente fechados ou trabalhando somente com entregas.
Como já conversamos anteriormente aqui na Achou, o delivery se tornou o meio mais visível e eficaz de vendas durante a pandemia, principalmente quando falamos da implementação de plataformas online, uma vez que temos basicamente a internet para nos comunicar e ficamos cada vez mais conectados com o mundo externo por meio de um dispositivo móvel. Mas até que ponto o serviço de delivery dessas plataformas se mostra viável, mesmo, ao empreendedor?
Se por um lado, ele oferece a estrutura: o serviço de pagamento online e a maquininha de cartão que o pequeno empreendedor não tenha, assim como o próprio serviço de entrega com o motoboy licenciado diretamente pela plataforma; por outro, as taxas são muito altas e acabam por muitas vezes, tirando mais do que a margem de lucro do produto. Para pequenos e médios empreendedores, isso pode ser o fim da empresa, também.
Fonte: divulgação
No Ceará, a plataforma online iFood entrou em acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) e reduziu suas taxas e anteciparam os pagamentos recebidos pelas vendas realizadas nos aplicativos, para que empreendedores de todos os tamanhos consigam arcar com as despesas durante esse período de quarentena do isolamento social, segundo informações cedidas por Vanessa Santos (consultora gastronômica do SENAC-CE e membro da Associação Cearense dos Chefs de Cozinha – ACC) em live no Instagram, com o Observatório Cearense da Cultura Alimentar (OCCA) na quarta-feira, 25. Mas para alguns órgãos, somente essas reduções não bastam.
Foi ao ouvir os problemas de alguns desses estabelecimentos que o empresário Felipe Lo Sardo e sua equipe decidiram criar uma opção para facilitar as vendas online do comércio. Lo Sardo é fundador e presidente da startup Goomer, especializada em digitalização de restaurantes e terminais de autoatendimento — com clientes como KFC, Spoleto e Jeronimo Burger.
https://www.instagram.com/p/B-ChoKsIPFr/
Em poucos dias, a empresa conseguiu colocar no ar a ferramenta GoomerGo, que permite aos estabelecimentos publicar seu cardápio online e receber pedidos de forma automática pelo WhatsApp. Com duas semanas no ar, a plataforma já atraiu mais de 2.500 estabelecimentos.
“A projeção é chegar a 10.000 já em meados de abril”
Diz Lo Sardo.
Todo o intuito da ferramenta é possibilitar que estes pequenos negócios, que não tinham operação online, possam vender pela internet de forma mais organizada — e não recebendo vários pedidos despadronizados no WhatsApp ou com cardápios pouco profissionais, como é comum em pequenos negócios.
“O cliente vai lá e pergunta se tem tal sabor, se pode trocar, quanto custa para adicionar um extra… Só nisso, o restaurante perde muito tempo. Na plataforma, na hora de fazer o pedido, já é possível checar todas essas informações”
A startup diz que, com o GoomerGo, consegue aumentar as vendas do estabelecimento em 20% na internet em relação ao uso comum e sem tecnologia do cardápio e do WhatsApp.
Não há um aplicativo da Goomer que reúne os restaurantes, como no caso de outras plataformas como iFood, Rappi ou UberEats. Para vender, o estabelecimento precisa divulgar o link de seu cardápio na Goomer para os clientes. Depois, o cliente faz o pedido de forma padronizada, com as ferramentas da interface da Goomer, adaptadas para cada restaurante. Por fim, a plataforma gera um texto no WhatsApp de forma padronizada, que o cliente envia ao restaurante.
Transferido o pedido para o WhatsApp, o cliente e o atendente do restaurante podem continuar conversando. A entrega fica por conta do próprio estabelecimento — como muitos não tinham essa estrutura, há casos em que o delivery é feito até por amigos ou parentes do pequeno comerciante, conta Lo Sardo. Tudo vale na hora de vender. Os estabelecimentos também podem usar o GoomerGo com a opção de retirada no próprio local. Se optar por essa modalidade, o cliente ganha um desconto.
Com as funcionalidades da nova plataforma, a Goomer conseguiu uma parceria com a cervejaria Heineken, que está incentivando os milhares de bares e restaurantes que vendem a cerveja a oferecerem os produtos online. A Heineken também vai patrocinar a divulgação dos cardápios na GoomerGo por meio de seu time de vendas.
“A plataforma GoomerGo surge como uma solução importante para os bares e restaurantes menores que muitas vezes não possuem nenhuma forma de e-commerce”, disse em nota à revista EXAME Jussara Calife, diretora de Trade On Premisse e Off Premise do Grupo Heineken no Brasil. O objetivo, diz a cervejaria holandesa, é ajudar os pequenos negócios a se manterem rentáveis em meio à pandemia.
Mesmo antes do começo oficial da quarentena, bares, restaurantes e outros pontos comerciais físicos já viam a operação ser amplamente reduzida. Em meados de março, a Goomer já notava queda de 25% nos pedidos em seus terminais físicos. O segmento de bares e restaurantes teve queda de 43,4% do começo de março até o dia 6 de abril, segundo dados da Cielo. A venda de bebidas alcoólicas também caiu 52% na segunda quinzena de março, de acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).
Tecnologia nos restaurantes
Lo Sardo e os colegas Rafael Laganaro e Daniel Wassano, co-fundadores e hoje também diretores da Goomer, começaram a trajetória no empreendedorismo em 2014. Naquele ano, criaram serviços de autoatendimento para facilitar check-in e check-out em hotéis — em meio ao auge do otimismo com o turismo no Brasil com Copa do Mundo daquele ano e as Olimpíadas de 2016.
A relação com os hotéis os fez se aproximar dos restaurantes nos locais. Foi no setor de alimentação que o trio percebeu que havia uma oportunidade para ajudar os espaços na digitalização. “Os restaurantes ainda não haviam feito mudanças de tecnologia para aprimorar seus processos, e viam a margem que era de 20% cair para 15%, 10%”, diz Lo Sardo.
A Goomer trouxe então processos como cardápio em tablets e celulares para o garçom, tornando os pedidos cerca de 30% mais rápidos. O fundador conta que muitos restaurantes tinham medo de, ao implementar a tecnologia, perder a humanização no contato com o cliente. “Com o uso, eles viram que, se o garçom gasta menos tempo anotando os pedidos, sobra mais espaço para um melhor atendimento”, diz Lo Sardo.
Depois do cardápio automatizado, a empresa lançou sua ferramenta mais conhecida até hoje, que são os terminais de autoatendimento. “Vimos que havia espaço também para melhorar as praças de alimentação, onde havia muita fila e atendimento ruim”, diz o presidente. Dentre os clientes das ferramentas de digitalização da Goomer, estão nomes como Madero, KFC, Gendai e Jeronimo Burger (neste último, todo o pedido é feito pelo próprio cliente nos terminais).
Plataforma da Goomer: vendas gratuitas pelo WhatsApp | Foto: EXAME
Com os dados que coleta com o autoatendimento, a Goomer quer cada vez mais ajudar os restaurantes a otimizar o cardápio e a relação com os clientes como um todo. “Ninguém mais acha bom ir a um restaurante e encontrar um cardápio com dezenas de opções que você nem sabe o que é. Ajudamos os lugares a conhecer o que de fato o cliente quer”, diz Lo Sardo.
A ideia de lançar uma ferramenta de contato direto com os clientes como a GoomerGo já existia antes do coronavírus, embora a empresa ainda não estivesse certa sobre qual formato usar. Mas o plano foi acelerado — e as dúvidas foram solucionadas — em meio à pandemia e pela própria demanda das empresas clientes.
A briga no mercado de refeições online, no entanto, está longe de ser fácil — e fez até a espanhola Glovo desistir do Brasil em 2018. Neste cenário, há espaço para brigar com nomes como Rappi, iFood e UberEats depois da pandemia? Lo Sardo afirma que em plataformas mais consolidadas de delivery, é difícil para os pequenos restaurantes se destacarem e conseguirem fidelizar um cliente em meio a tantas opções.
Na visão do fundador da Goomer, a maior vantagem do GoomerGo é possibilitar ao restaurante ou bar continuar mantendo contato direto com seu cliente via WhatsApp, sem depender somente da plataforma. “Eu te diria que, há algumas semanas, realmente não dava para brigar com outras ferramentas mais estabelecidas”, diz Lo Sardo. “Mas tudo mudou em 15 dias.”
A empresa idealizadora da campanha, que já tinha como parceiros o chef Alex Atala, a startup ChefsClub e a fintech brasileira de meios de pagamento, Stone; agora conta com a presença e a força da Nestlé que fortifica a relação também trazendo sua marca Nespresso.
Confeitarias e cafeterias participam de campanha Apoie Um Restaurante com Nestlé e Stella Artois | Foto: Site da Campanha
Com a chegada da famosa empresa de chocolates, vieram também duas novas categorias para os serviços de alimentações amparados pelo programa #apoieumrestaurante: confeitarias e cafeterias.
Enquanto a Nestlé oferece o desconto para confeitarias e cafeterias, a Nespresso entrará junto à Ambev e ajudará os bares e restaurantes. Com essa novidade, espera-se que cerca de seis mil serviços de alimentação estejam participando do projeto. Segundo as empresas, o potencial é de reverter mais R$ 6 milhões para o mercado, além dos R$ 4 milhões arrecadados na primeira fase do projeto, a qual teve os cupons esgotados ainda na primeira semana de lançamento.
https://www.instagram.com/p/B-xO3ULJxg0/
Inspirada pelo movimento lançado no Brasil, Stella Artois levou a iniciativa para outros mercados onde a marca está presente, entre eles África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, México, Paraguai, Peru e Reino Unido.
Nas redes sociais
A campanha será divulgada com a hashtag #ApoieUmRestaurante. A ação foi criada pela CP+B, agência de publicidade de Stella Artois no Brasil.
A Stella Artois também convidou chefs e criadores de conteúdo para produzirem vídeos especiais durante o isolamento social, com o intuito de ensinar e entreter as pessoas em isolamento, com receitas práticas.
Com a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para manter um distanciamento social e restrição ao funcionamento dos estabelecimentos, o setor de bares e restaurante, não diferente dos demais, está sendo drasticamente afetado pela crise econômica causada pela COVID-19. Demissões e fechamento de empresas poderão acontecer em massa, visto que esses estabelecimentos não possuem fluxo de caixa suficiente para efetivar os pagamentos.
“O impacto vai ser imediato. As empresas operam com margens muito estreitas e não têm caixa, porque estamos vindo de três anos de crise. No momento em que essa empresa encerra atividades, ela não tem caixa para mais nada, e se ela não paga nada, não vai pagar aluguéis, impostos, banco, funcionários e fornecedores, que também têm funcionários e compram da indústria… Dia 5 tem folha de pagamento e vamos perceber claramente qual vai ser a situação.”
Disse o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (Sindrio), Fernando Blower.
Fonte: Divulgação
Segundo Fernando, o funcionamento restrito para Delivery
e take to go, uma medida tomada para amenizar a circulação de pessoas, não
é uma solução para problema é apenas um paliativo. Os restaurantes padrões têm o
delivery como complemento de sua atividade. As empresas que irão
sobreviver com essa medida são as que foram projetadas para tal, pois não têm
um salão, um bar e nem garçons para pagar. Centenas de restaurantes vão preferir
fechar as portas, porque as entregas não darão conta de custear todo o
funcionamento.
No Ceará, plataformas online como o iFood, entraram em acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) e estão reduzindo suas taxas para que empreendedores de todos os tamanhos consigam arcar com as despesas durante esse período de quarentena do isolamento social, segundo informações cedidas por Vanessa Santos (consultora gastronômica do SENAC-CE e membro da Associação Cearense dos Chefs de Cozinha – ACC) em live no Instagram, com o Observatório Cearense da Cultura Alimentar (OCCA) nesta última quarta-feira, 25.
O presidente do sindicato ainda afirma que o problema pode se agravar visto que os fornecedores de insumos passaram a cobrar o pagamento à vista, com medo de levar um calote.
E aí surge uma pergunta, qual estabelecimento, no meio a essa crise, tem dinheiro para pagar os fornecedores à vista?
O presidente do iFood, Carlos Moyses, declarou em um comunicado que a partir de outubro a empresa fará suas entregas via drone.
As operações e os primeiros testes começaram no Shopping Iguatemi, em Campinas/SP, porém o objetivo não é dispensar os entregadores tradicionais do serviço, mas fazer com que eles trabalhem juntos para que as entregas aconteçam mais rapidamente.
A ideia é utilizar os drones para sobrevoarem áreas pouco atrativas ou muito congestionadas até aeroportos, localizados em prédios comerciais, para que os entregadores recolham e entregam as encomendas.
Todo o trajeto que os drones percorrerão precisarão ser pré-aprovados pela Agencia Nacional de Aviação Civil. Além disso, a startup planeja que o sistema de entregas seja multimodal, ou seja, em um futuro próximo tenha vários modelos de entregas diferentes além dos drones e entregadores.
A primeira fase de testes começa com o drone retirando um produto do shopping Iguatemi com destino ao iFood Hub, um centro de expedição da marca dentro do empreendimento. Em seguida, o pedido segue para o endereço de destino utilizando bicicletas ou motos.
“O drone ainda não fará entregas na janela dos clientes. A ideia é que ele complemente a operação dos modais tradicionais. Em um shopping, por exemplo, os entregadores podem levar até 12 minutos para retirar o pedido no restaurante e, com o uso do drone, esse tempo varia entre 30 segundos e 1 minuto”, explica Roberto Gandolfo, diretor de Logística do iFood.
A inserção de drones também melhora a imagem da empresa, visto que poderá diminuir a intensidade do trabalho dos entregadores.
O iFood será uma das primeiras empresas no Brasil a realizar entregas por aeronaves não tripuladas. A responsável pela iniciativa é a SpeedBird, que já traçou um cronograma e estabeleceu que as entregas começarão em outubro, porém a Anac ainda precisa fazer alguns ajustes antes de autorizar.
“É uma questão de ovo e galinha ao mesmo tempo. Para voar, tem que certificar. Só que, para certificar, tem que voar.“, brinca Samuel Salomão, um dos fundadores da SpeedBird. Segundo o executivo, os primeiros voos do iFood serão cruciais para a aprovação com a Anac.
O iFood ainda não tem uma previsão de novos locais a receberem a iniciativa, mas a expectativa é ter 100 rotas traçadas em Campinas no momento inicial antes de expandir as áreas de atuação.
Ansioso para poder receber o seu pedido por um drone?