Tag: Coronavírus

  • O futuro da alimentação? Restaurante se adapta ao retorno de suas atividades

    O futuro da alimentação? Restaurante se adapta ao retorno de suas atividades

    O restaurante Premium, em Porto Alegre, realizou um investimento de 7 mil reais, no qual está incluso EPI’s, estruturação, barreiras de acrílico e produtos de higiene, para que seus clientes voltassem ao estabelecimento com segurança após a crise de saúde acarretada pelo novo coronavírus.

    Com um estudo feito com base em restaurantes do mundo todo, que já voltaram o seu funcionamento de forma física, o restaurante Premium instalou nas mesas um barreira transparente, para que, assim, haja o isolamento físico, além da distância entre as mesas terem sido aumentadas.

    “Buscamos trazer o máximo de transparência e segurança aos nossos clientes e colaboradores. Esse novo modelo é resultado de um estudo feito com base nos restaurantes do mundo todo”, diz Nelson Ramalho, proprietário do Mule Bule Gastronomia, empresa que assessora o Premium Restaurante, em funcionamento dentro do Hotel Intercity.

    Além das mesas, ao chegar ao restaurante, o cliente terá sua temperatura medida e estará disponível para os clientes e funcionários um dispenser de álcool em gel que é acionado com os pés, evitando, assim, contato com as mãos.

    A montagem do prato, por se tratar de um self-service, será realizada por um funcionário, que estará devidamente equipado, inclusive com máscaras face shield, trazendo mais segurança aos clientes da casa.

  • Em meio a crise de saúde, Itajaí lança o 1º Festival Gastronômico Delivery

    Em meio a crise de saúde, Itajaí lança o 1º Festival Gastronômico Delivery

    Com o objetivo de incentivar o consumo da gastronomia local e de divulgar bares, restaurantes, lanchonetes, cafeterias por meio de entrega ou retirada (“take out”), a cidade de Itajaí em Santa Catarina lançou o 1º Festival Gastronômico Delivery de Itajaí.

    Cada restaurante criou um prato exclusivo para o Festival, que será vendido por um preço fixo de R$ 39,90 e sem cobrar taxa de entrega para uma distância de até 8 quilômetros do estabelecimento.

    Além do prato, o cliente pode solicitar um combo de 2 cervejas artesanais de marca local pelo valor de R$25, sendo uma Pilsen ou Lager e outra IPA ou outra especial.

    O cardápio do Festival inclui hambúrgueres, massas, carnes, peixes, culinária japonesa, sorvetes, tortas e cafés, sendo que eles devem ser preparados com pelo menos dois ingredientes de produtores locais. Isso acontece com o intuito de movimentar e incentivar o comércio da cidade.

    As receitas exclusivas passaram pela curadoria de uma equipe de professores da Unisociesc. Larissa Bissoli Vieira, coordenadora do Curso de Gastronomia da instituição, afirma que os ingredientes mais expressivos são frutos do mar de espécies encontradas na costa de itajaiense, incluindo a bottarga, que é uma ova de tainha, e terá também uma preparação com o uso de uma cerveja local.

    A iniciativa do evento é do Itajaí Convention & Vistors Bureau, recebendo o patrocínio da Gomes da Costa Pescados, do aplicativo de entrega Alfred Delivery e do Pedilá.

    O Festival acontecerá durante o mês de maio, do dia 8 ao dia 31. Para fazer o pedido de seu prato basta clicar aqui.

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    1º Festival Gastronômico Delivery de Itajaí (Fonte: Divulgação)

    Participantes do Festival Gastronômico Delivery de Itajaí

    1. Forno D’Lenha Pizzaria
    2. Recanto Ibérico Restaurante e Petiscaria
    3. Brava Café Roberta
    4. Bokerão Dupera
    5. Bonissimo Culinária Inteligente
    6. Giraffas Itajaí
    7. Zephry Seafood & Nikkei
    8. Italiana Garden Café
    9. Soho Restô Bar
    10. Azdora Piadineria
    11. Biombbo
    12. Hamuds Culinária Árabe
    13. Miguelito Cocina Mexicana
    14. Vó Zelina Restaurante
    15. Dehon Natural Café e Empório
    16. Democrático – Mercado Público
    17. Spasso Galeto
    18. Natuzzi Lounge
    19. Santa Batatinha

  • Itália: preocupação com o “happy hour” pós quarentena

    Itália: preocupação com o “happy hour” pós quarentena

    O governo italiano iniciou a maior flexibilização do isolamento social desde o início da pandemia na última segunda feira (18), com a reabertura do comércio, bares, restaurantes, praias, atividades culturais, salões de beleza.

    Mas para isso, as autoridades locais  impuseram algumas regras como o uso de máscaras, manter a distância de um metro entre mesas, ou, então, que sejam colocadas barreiras entre as mesas, o atendimento deverá ser agendado e não haverá cardápio de papel.

    Porém, tanto o primeiro ministro, Giuseppe Conte, quanto os governadores se mostram preocupados com a aglomerações de pessoas na “movida” (palavra que possui o sinônimo de vida noturna e “happy hour”).

    Ontem (21), Conte afirmou ao uma idosa que lhe abordou na entrada do Senado que a curva epidemiológica pode subir novamente.

    Agradeço aos italianos, mas ainda não acabou, é bom deixar claro. Não é hora de festa e de movida. Do contrário, a curva sobe novamente

    Em Pádua e Palermo existem registros de aglomerações em bares da cidade.

    O governador de Vêneto, Luca Zaia, ameaçou fechar novamente bares, restaurantes e praias caso haja uma nova escalada dos contágios na região. O governador anunciou que divulgará um anúncio com regras para “happy hour”.

    Não tenho nada contra a festa, mas proibição de aglomerações e uso de máscaras são condições obrigatórias para a tutela dos cidadãos

    Já o prefeito da província de Benevento, Antônio Cappetta pediu que os locais proibissem a venda de bebidas alcoólicas após as 23h.

    Em Milão, o prefeito Giuseppe Sala disse foi o primeiro a repreender os jovens, chamando sua atenção, mas afirma que a reabertura é um bom investimento para todos.

    O governo da Itália afirma que o cronograma de reabertura está condicionado à evolução da situação epidemiológica no país, no qual a curva apresenta trajetória de queda há mais de um mês.

    De acordo com a Defesa Civil, a Itália tem cerca de 227 mil casos e mais de 32 mil mortes na pandemia do Covid-19.

  • Equipe da Achou Gastronomia quer ajudar restaurantes e entregadores

    Equipe da Achou Gastronomia quer ajudar restaurantes e entregadores

    Com o aumento das taxas de plataformas de delivery, a equipe Achou Gastronomia resolveu desenvolver uma forma na qual reúne entregadores e empresas, restaurantes. Dessa forma, você pode conseguir um delivery com um preço mais acessível.

    Essa iniciativa visa ajudar os empresários da alimentação e os clientes com uma taxa menor, isso é, o empresário não precisa diminuir tanto sua margem de lucro, e o cliente pagará um preço mais justo por entrega. Além disso, os entregadores, não precisarão dividir o valor da entrega com nenhuma plataforma.

    É importante salientar que a equipe da Achou Gastronomia não se responsabiliza por nenhuma parceria realizada entre as partes, e que o único intuito do portal é de compartilhar os contatos de estabelecimentos de alimentação e entregadores para que, assim, se firme um acordo beneficiando ambas as partes.

    Mas qual o benefício em ter delivery próprio?

    A equipe Achou Gastronomia acha válida toda forma legal de divulgação e venda dos serviços, seja pela plataforma de entrega ou pelo delivery próprio. A questão gira em torno das taxas. 

    Se por um lado, os aplicativos trazem maior visibilidade, pois acabam se tornando uma “vitrine”, mostrando o cardápio do estabelecimento, por outro, as taxas que os empreendedores pagam acabam sendo, por muitas vezes, altas, fazendo com que se torne difícil arcar com esses valores, principalmente no momento em que estamos vivendo. Muitos não conseguem ter nem mesmo, um lucro condizente com a taxa cobrada.

     Então, ter um delivery próprio como plano alternativo é a mais viável das ações, pois a venda pode ser realizada por aplicativos gratuitos, como o WhatsApp Business. Esse aplicativo tem margem para que haja divulgação de promoções, cardápios, novidades, sem precisar ter custo adicional, não alterando a receita do estabelecimento.

    Há duas formas de participar dessa ação da Achou Gastronomia, uma delas é respondendo um formulário, e a outra, é acessando a área de Empregos do portal.

    Para o formulário: é bem simples de preencher e ajudará todos da cadeia de alimentação. Basta clicar aqui para preencher o formulário. 

    Para a área de Empregos do portal: você consegue cadastrar uma vaga no site, que ficará visível a quem acessar. Da mesma forma, se você está em busca de uma vaga, você pode se candidatar às que estão no ar. Dessa forma, os estabelecimentos podem cadastrar a vaga para um entregador ou achar um entregador para si. O mesmo vale para os entregadores: eles podem criar uma vaga ofertando seus serviços ou achar uma empresa que precise deles.

    Se você quer ofertar uma vaga, clique aqui.

    Se você quer visualizar as ofertas já lançadas, clique aqui.

  • EUA tem prateleiras de carnes praticamente vazias

    EUA tem prateleiras de carnes praticamente vazias

    Os estoques de carne bovina e suína encolheram nos Estados Unidos, devido à crise acarretada pela pandemia, dando oportunidade para os produtores de proteínas de origem vegetal.

    De acordo com o Centro de Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, sigla em inglês), 115 instalações de processamento de aves e carnes relataram caso de Covid-19 entre os seus funcionários.

    Pelo menos 20 frigoríficos americanos fecharam durante a crise de saúde, sendo alguns deles fechados somente no final de abril, e muitos estão operando com baixa capacidade.

    Além disso, há muito desperdício de produtos, que precisam ser descartados por falta de mão de obra ou consumidores.

    A companhia Wendy’s Co. já está sem hambúrgueres em algumas de suas unidades, enquanto a Kroger e Costco Wholesale têm limitado as compras de alguns produtos aos seus clientes.

    Com as prateleiras de carnes relativamente vazias nos supermercados dos EUA, a fabricante de hambúrguer a base de soja e de ervilha, Impossible Foods e a Beyind Meat, espalharam seus produtos, fazendo com que os clientes deem uma chance a esses hambúrgueres à base de planta.

    Segundo Jannifer Bartashus é nesse momento que essas empresas tem a chance de atrair e conquistar os consumidores carnívoros.

    Acho que é realmente uma oportunidade. As pessoas estarão dispostas a experimentar alternativas de planta.

    As empresas de proteínas vegetais, assim como a maioria das indústrias de alimentos embalados, sentem o impacto da pandemia, pois há uma tendência dos consumidores estocarem alimentos.

    Quando comparamos o mesmo período do ano passado com desse, os americanos compraram 5,3 milhões de unidades de produtos alternativos de carne em varejista nas oito semanas encerradas em 25 de abril, o triplo da quantidade, segundo dados da Nielsen.

    De acordo com Alex Frederick, analista de capital de risco da Pitchbook:

    O aumento das vendas nos supermercados potencialmente atrai novos clientes para experimentar produtos a base de plantas, caso carne e laticínios tradicionais estiverem temporariamente esgotados.

    O que é carne de planta

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    A “carne de planta” é a imitação do alimento de origem animal (Fonte: LikeMeat/Unsplash)

    A chamada “carne de planta” tem a promessa de revolucionar a indústria de carne animal, pois procura imitar a textura, o gosto e a suculência do produto de origem animal.

    Também conhecida como “carne vegana” ou “carne do futuro”, este alimento possui o formato de hambúrguer, carne moída ou almôndegas.

    Ela é preparada a partir da proteína da ervilha, da batata doce, grão de bico. Em alguns casos acrescentam beterraba para parecer uma peça mal passada, com uma cor rosada no interior da peça.

    As receitas incluem diferentes temperos para obter o sabor semelhante ao da carne. O produto também imita os nutrientes que se obtém ao consumir a carne animal, como o ferro, vitamina A, fibras, potássio e cálcio.

  • iFood: restaurantes temem em perder vendas com aumento das taxas

    iFood: restaurantes temem em perder vendas com aumento das taxas

    No último dia 15, o aplicativo, iFood, que liga bares e restaurantes a clientes, anunciou um reajuste nas taxas de entrega.

    A taxa de entrega no raio de 2 quilômetros de distância do restaurante quase dobrou, passando de R$3,99 para R$7,99. E para distâncias acima de 7 quilômetros subiu de R$7,99 para R$13,99.

    O iFood garante que os valores de entrega são variáveis, acompanhando o dinamismo do mercado, sendo assim, houve um aumento para alguns e redução para outros.

    Os valores das rotas são calculados usando fatores como, por exemplo, a distância percorrida, a cidade e o dia da semana.

    A plataforma quando foi questionada se o valor do reajuste da taxa de entrega era repassado para o entregador afirmou que, em abril, 61% dos entregadores receberam R$ 19 ou mais por hora trabalhada, “valor quatro vezes maior do que é pago por hora tendo como base o salário mínimo”. De acordo com levantamento dos dados da empresa, o ganho médio mensal dos funcionários que têm como renda principal as entregas, aumentaram 36% quando comparado à renda mensal de fevereiro.

    Desde que começou a pandemia, o iFood destinou mais de R$14 milhões em medidas de proteção aos entregadores. Em março, foi criado um fundo de R$ 2 milhões para ajudar os entregadores que fazem parte do grupo de risco e para os que estão com sintomas ou infectados por Covid-19.

    Além disso, a empresa também distribui kits de higiene com álcool em gel, máscaras e materiais informativos, plano de serviço em saúde, desconto no iFood Delivery Vantagens, gorjeta em dobro, seguro de vida. A plataforma também desenvolveu um recurso de entrega sem contato.

    Vantagens como descontos em serviços como, por exemplo, óleo para moto e manutenção, seguro de moto, artigos eletrônicos.

    O iFood justifica a necessidade do aumento mesmo com o crescente  volume de pedidos desde o início do isolamento social, visto que grande parte de sua receita é aplicada em proteção do ecossistema de food delivery.

    A demanda tenha aumentado durante o período de pandemia, a empresa tem colocado grande parte da receita em iniciativas de proteção do ecossistema de food delivery (entregador, restaurante e cliente), que é a sua prioridade neste momento.

    Ponto de vista dos restaurantes

    A dona de um restaurante self-service em Brasília, que preferiu não se identificar, pois depende do aplicativo para sobreviver em meio à pandemia, teme que esse reajuste interfira no seu faturamento.

    Ela tem o restaurante há 15 anos e só agora decidiu optar ao delivery, visto que só assim conseguiria ter um pouco de capital de giro. Além de entregadores da plataforma do iFood, ela mantém dois motoboys que fazem entregas a custo de R$5 a R$7, dependendo da distância. E sabendo do custo da entrega, ela sabe as taxas de entrega do iFood são muito caras.

    O cliente que pede um prato não quer pagar esse valor de frete, que, muitas vezes, equivale a 50% do preço da refeição. Isso vai impactar no bolso do consumidor e, indiretamente, no meu. Já tenho muita reclamação do valor da taxa atual. Imagina com esse aumento. Muitas pessoas vão desistir do pedido.

    No restaurante Metta na zona oeste de São Paulo, segundo a proprietária Marcella Vallone, devido à pandemia, teve um aumento de 40% nas vendas via iFood.

    Os seus clientes que costumavam ir a pé ao estabelecimento para almoçar, começaram a pedir por aplicativo. Porém, Marcella teme que o aumento de quase de 50% nas taxas de entregas possa impactar o s

    “Nossos clientes, que ficam num raio de até três quilômetros do restaurante, podem achar cara essa taxa e desistir do pedido.” 

    taxa de entrega
    Fonte: Divulgação

    Mirany Soares, dona do Formaggio Mineiro, possui 5 lojas físicas em São Paulo e entrou no iFood, mesmo tendo entregadores próprios, com o intuito de aumentar a base de clientes durante a pandemia, mesmo considerando que as vendas pelo aplicativo não sejam significativas.

    Pelo iFood os preços dos produtos da Formaggio Mineiro são 10% mais caros, isso é por conta dos custos do aplicativo. Como tem o seu próprio delivery que não cobra nada num raio de até 4 quilômetros e cobra R$2,70 por quilômetro que é ultrapassado, Mirany não compreende o aumento do preço.

    Até entenderia o aumento nos custos se fosse de um fornecedor em dificuldades. Mas do iFood, não. Com a crise, o iFood está conquistando mais parceiros e clientes na sua plataforma. Ou seja, está ganhando nas duas pontas

    Uma proprietária de uma doceria na zona oeste de São Paulo viu suas vendas crescerem até 30% após a adesão ao aplicativo, porém ela também teme que os clientes desistirem das compras devido à elevação do preço na taxa de entrega.

    “Na atual situação [de pandemia], acho que todos deviam se ajudar. Se o iFood não pensar nos pequenos, eles vão quebrar, fechar as portas.”

     Aberta em 2012, a doceria não tem loja física e trabalhava apenas com encomendas de bolos e doces para grandes festas. Com a pandemia, que fez com que muitos eventos fossem cancelados ou adiados, as encomendas caíram praticamente à zero. 

  • Restaurantes buscam estratégias para futura reabertura pós pandemia

    Restaurantes buscam estratégias para futura reabertura pós pandemia

    Desde o início do isolamento social imposto devido à pandemia do Covid-19, cerca de 20% dos empreendimentos do setor de alimentação fora do lar de todo o país fecharam as portas definitivamente, deixando pelo menos 1 milhão de desempregados.

    A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) pede cautela das decisões dos estados e prefeituras ao retornarem as atividades, pois o risco de abrir agora e ter que voltar a fechar depois pode ser ainda mais prejudicial para o setor.

    O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, afirma que:

    A retomada no nosso setor é muito mais complexa. Nosso produto é perecível, é preciso abrir negociação com fornecedores, comprar e preparar estoque. Se fechar de novo, se perde tudo. Não dá para abrir e depois fechar se precisar, conforme alguns governadores e prefeitos têm falado

    Alguns empresários relatam, mesmo com a adoção de delivery ou take out, perda de até 80% no seu faturamento.

    “A nossa previsão é que vamos operar ainda mais 3 ou 4 meses pelo menos com prejuízo. Cenário de normalidade mesmo, com a retomada dos valores pré-crise, só a partir do ano que vem”, avalia Paulo Solmucci.

    adaptação pós pandemia
    Bares e restaurantes irão ter que se adaptar ao pós pandemia (Fonte: divulgação)

    Mesmo sem previsão de retorno, donos de bares e restaurantes, apesar de preverem uma retornada lenta, com o intuito de garantir mais segurança para seus clientes, buscam soluções estratégias para a reabertura dos seus estabelecimentos, adaptando os seus serviços e instalações para quando forem autorizados a funcionar normalmente.

    O “novo normal” contará não só um maior distanciamento entre mesas e reforço nas rotinas de higienização como também adaptações nos objetos e utensílios colocados nas mesas e balcões, além de mudanças na maneira de receber e servir os clientes. A nova rotina gastronômica deverá incluir, entre outras coisas, o fim do menu em papel, substituição dos guardanapos de pano, abandono do sistema self-service e muito álcool em gel.

    Paulo Solmucci ainda diz que o desafio mesmo do retorno será a convivência entre as pessoas, pois nem Anvisa nem a OMS pede que haja mudanças na parte da operação do restaurante em si, na parte da comida.

    Cartilha de recomendação para reabertura dos bares e restaurantes

    • Redução da capacidade de público e separação mínima de 1 metro entre as cadeiras ou 2 metros entre as mesas.
    • Distanciamento de 1 metro entre pessoas nas filas de entrada ou para o pagamento;
    • Uso de modelo de cardápio plastificado, que possa ser higienizado após o uso, ou de menu em lousas ou nas paredes;
    • Disponibilização de álcool em gel 70% na entrada, caixa e em pontos estratégicos;
    • Uso de lixeiras com tampa e pedal, nunca com acionamento manual;
    • Higienização de comandas em cartão e das maquininhas de pagamento a cada uso;
    • Instalação de barreira de acrílico no caixa;
    • Limpeza e higienização de mesas e cadeiras após cada refeição e desinfecção de objetos e superfícies que sejam tocados com frequência;
    • Reforço da higienização dos alimentos crus como frutas, legumes e verduras;
    • Em restaurantes por quilo, ter funcionários para servir os clientes, equipados com luvas e máscara, ou oferecer luvas de plástico descartáveis;
    • No sistema buffet, os alimentos devem ter bloqueio de placas de acrílico ou vidro, com protetores salivares com fechamentos laterais e frontal;
    • Oferta de talheres em embalagens individuais;
    • Orientar clientes sobre a importância de evitar o compartilhamento de talheres, copos e outros objetos à mesa, como o telefone celular;
    • Se a legislação local exigir que os clientes usem máscara ao entrar no estabelecimento, avaliar a possibilidade de oferecer máscaras descartáveis;

    Restaurantes

    Gariel Pinheiro, sócio da pizzaria Villa Roma, que possui duas unidades na cidade de São Paulo, acredita o setor de entretenimento será o último a retomar suas atividades normalmente.

    “Acho o setor de restaurantes vai ser um dos últimos a poder reabrir. Se tudo der certo, acho que a partir de junho começa a liberar.”

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    Gabriel Pinheiro, sócio da Pizzaria Villa Roma, em São Paulo, que decidiu adaptar o serviço para uma futura reabertura com novos protocolos sanitários. (Fonte: Divulgação)

    Gabriel afirma que o serviço de delivery tem garantido uma receita de apenas 20% da que tinha antes da pandemia, mas que conseguiu negociar um abatimento de 50% no valor do aluguel.

    Vamos fazer o máximo para não demitir ninguém, mas vai depender também da economia, de como vai ser essa retomada. O que estou imaginando, com um movimento de 25% do que a gente tinha e mantendo o delivery, e chegar pelo menos aos 50%

    Gabriel também tem a convicção que nos  primeiros meses após a reabertura dificilmente conseguirá recuperar o movimento de clientes, mesmo porque terá que reduzir o número de mesas dos seus salões em mais da metade passando de 220 para 100 lugares.

    Imagino que vai ser um período difícil nos próximos 6 meses pelo menos. O maior problema nosso é a retomada da confiança, os clientes entenderem que o restaurante está tomando todos os cuidados

    O empresário já começou a fazer alguns investimentos para se adaptar ao momento atual. Já adquiriu máscara com proteção de acrílico para fornecer para todos os garçons e funcionário, termômetro infravermelho para medir a temperatura dos clientes já na porta de entrada. Alterou o seu cardápio, deixando-o plastificado para facilitar a higienização do mesmo. Oferecer luvas plásticas para os clientes que desejarem comer a pizza sem uso de talheres.

    Além disso, a pizzaria planeja em um primeiro momento atender apenas com reservas, para evitar filas e aglomerações na porta do restaurante.

    Já o restaurante por quilo Bendita Panelinha, com duas unidades em São Paulo, estuda a reabertura do estabelecimentos com funcionários servindo os clientes no lugar do tradicional self-service, além de placas de proteção de acrílico na frente da comida, outra opção que está sendo avaliada, é oferecer luvas descartáveis para os clientes se servirem.

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    Restaurante a quilo no Centro de São Paulo estuda acabar com o self service e colocar funcionários para fazer os pratos dos clientes. (Fonte: Divulgação)

    O sócio do estabelecimento, Cássio Horita afirma que:

    Estamos fazendo contas e fazendo simulações. Ter funcionários de um lado da pista do buffet servindo e os clientes escolhendo me agrada mais. O problema é que vou precisar de no mínimo 5 ou 6 pessoas, é mais gente que vou ter que empregar. Vou esperar ver o que vai sair de restrição definitiva mesmo para decidir

    Além de mudar a forma de servir aos clientes, o empresário planeja demarcar o chão para orientar o distanciamento entre os clientes na fila e instalar  totens de autoatendimento para o pagamento das refeições.

    Apesar das adaptações que irão ser feitas, ele acredita que o faturamento irá cair pela metade.

    Meu restaurante ganha no giro. Se tiver metade dos assentos, meu faturamento também cai pela metade. Não adianta ficar só esperando voltar e achar que vai encher de novo porque não vai. Tenho que ser realista.

    Apesar dos novos desafios impostos pela pandemia, Horita acredita que o modelo de buffet por quilo não corre o risco de desaparecer. “Não acabará tão cedo, é um modelo muito popular no país e que o pessoal gosta. É uma questão de adaptação”, acredita.

    Ele conta que, por conta da pandemia, para não ficar sem nenhuma receita, adotou o delivery – mas que o faturamento representa apenas algo entre 15% e 20% do que tinha antes. Para reduzir as despesas, o empresário disse que optou pela redução de jornada da equipe entre 25% e 50% e suspensão de alguns poucos contratos.

  • iFood passa a aceitar Vale Alimentação como forma de pagamento

    iFood passa a aceitar Vale Alimentação como forma de pagamento

    O que muitos pediram, o iFood finalmente ouviu e acatou: ele aceitará cartões de vale refeição e alimentação para pagamentos online pelo aplicativo.

    Com a pandemia causada pelo Covid-19, os restaurantes precisaram fechar as portas e funcionar apenas pelo delivery, além disso muito funcionários estão trabalhando de casa. Foi pensando nesse cenário que o iFood decidiu flexibilizar e tornar realidade essa novidade.

    Até o momento, os cartões de vale-refeição eram aceitos apenas em restaurantes selecionados, porque a função estava em fase de testes no iFood desde o ano passado, quando começaram a ser aceitos como forma de pagamento.

    Estamos investindo na integração de canais e firmando parcerias com empresas estratégicas como o iFood, com o objetivo de promover inovações que facilitem a vida dos nossos consumidores e, consequentemente, aumentar o fluxo de vendas dos estabelecimentos parceiros, em especial os pequenos e médios que, neste momento tão delicado, precisam garantir seu fluxo de caixa

    Destaca Antônio Aguiar (Tombé), Diretor de Estabelecimentos da Sodexo Benefícios e Incentivos.

    Para cadastrar seus cartões de alimentação, basta acessar a aba “Perfil”, entrar no menu “Pagamento” e em seguida selecionar “Vale Refeição”. Depois, é só preencher os dados e você poderá utilizar o benefício quando fizer suas compras pelo iFood.

    A iniciativa faz parte de um pacote de medidas adotadas para proteger a saúde dos clientes, entregadores e restaurantes parceiros, já que é por meio do pagamento online que os usuários do aplicativo podem optar por receber seus pedidos sem contato físico.

    A integração, atualmente, está disponível apenas em toda a cidade de São Paulo para os estabelecimentos que aceitam os vales, mas em breve estará liberada em todo o país.

    Até o momento a novidade é válida para as bandeiras Alelo, Sodexo e VR.

    Fonte: Exame e Publicitários Criativos.

  • Pandemia: segundo a OMS, bebidas alcoólicas devem ser restringidas

    Pandemia: segundo a OMS, bebidas alcoólicas devem ser restringidas

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) aconselha aos Governos restringirem a venda de bebidas alcoólicas durante a quarentena.

    Eles alegam que o álcool reduz a imunidade, e que o consumo excessivo pode prejudicar a saúde mental e física, além de aumentar os riscos de violência doméstica durante o confinamento.

    “Por isso, as pessoas devem minimizar o consumo de álcool particularmente durante a pandemia.”

    A secção da OMS europeia também afirmou nesta quarta feira, 15 de abril, que as bebidas não protegem contra o novo coronavírus, contradizendo com que o presidente de Belarus, Alexandre Lukashenko, disse a uma entrevista ao jornal britânico The Times, no qual recomendou a vodca contra o combate ao COVID-19.

    Em um comunicado oficial a organização declarou que:

     “Medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcoólico podem matar o coronavírus. Não matam.”

    Outro efeito das bebidas é o estímulo a comportamentos de risco ou a rediz as preocupações necessárias contra a transmissão do vírus.

    “Pessoas com tendência ao consumo abusivo estão especialmente vulneráveis, principalmente em autoisolamento”, diz o comunicado.

    A OMS também afirma que as bebidas alcoólicas são responsáveis por 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo um terço na Europa.

    A organização pede que as publicidades sejam aumentadas, reforçando a idade mínima do consumo e fortalecendo as campanhas de informação sobre os riscos do consumo.

    IMPORTANTE!

    Sabemos que o foco do nosso portal é gastronomia, porém devido a relevância do assunto, separamos 5 dicas para você ajudar uma pessoa que sofre de violência doméstica.

    violência domestica
    Violência domestica: Você não está só! (Fonte: divulgação)

    1. Ofereça ajuda e mantenha contato: vale interfonar, mandar uma mensagem por algum aplicativo, um bilhete, mas se lembre de sempre ser sutil, pois muitas mulheres podem se sentir envergonhadas ou não ter privacidade para ler um recado ou falar da situação sem que o agressor saiba;

    2. Não julgue: apoiar a mulher sem julgar é fundamental, pois a maioria se sente culpada por estar sendo violentada. É importante que ela saiba que não tem culpa e que não está sozinha. Além disso, ela precisa entender que a violência doméstica é grave e pode se tornar cada vez pior se não for feito nada para interromper;

    3. Combine um sinal: se você já está em contato com uma mulher que pode estar sofrendo agressão, combine algo que ela possa demonstrar que está em risco, pode ser uma palavra, um lençol pendurado na varanda, vale tudo! Assim, você pode chamar a ajuda da polícia;

    4. Não seja omisso: caso escute ou presencie alguma agressão ou situação de violência, não silencie, interfone, bata na porta, grite, e, principalmente, ligue para 190. A violência doméstica não é um problema privado ou familiar, é uma questão do Estado, onde todos devem interferir;

    5. Oriente sobre os serviços disponíveis: fala sobre a medida protetiva, elas continuam sendo concedidas mesmo com a quarentena, fale que ela pode ser encaminhada para uma casa de abrigo e passagem, cujos endereços são sigilosos para proteção das vítimas. Os serviços especializados podem ser acionados digitalmente, pode-se registrar a queixa através do aplicativo do Ligue 180 que é gratuito e disponível para Android e IoS. Existem outros aplicativos e plataformas que podem ser utilizados, como o PenhaS, no qual, conecta de forma sigilosa, a mulher a uma rede de apoio. Esse aplicativo possui botão de pânico que permite que ela cadastre cinco contatos de confiança que podem ser acionados em casos de emergência. O Mapa de Acolhimento, outro aplicativo, conecta a mulher a uma rede de psicólogas e advogadas voluntárias através do site e mostra os serviços de atendimento mais próximos da vítima. Lembrando que a delegacia da mulher continuam funcionando normalmente, apesar do isolamento social.

    Como está seu consumo de bebidas alcoólicas nessa quarentena?

    Você conhece alguém que esteja sofrendo violência domestica? Converse conosco!

  • COVID-19: Alex Atala fala sobre a crise econômica em seus restaurantes

    COVID-19: Alex Atala fala sobre a crise econômica em seus restaurantes

    Alex Atala, 52 anos, é um chef de cozinha premiado e apaixonado pela sua profissão e tudo que a envolve. Seu foco é explorar todas as possibilidades gastronômicas dos ingredientes genuinamente brasileiros, aliando as técnicas gastronômicas clássicas com as atuais.

    Atala supera as fronteiras da cozinha, valorizando os pequenos produtores e incentivando jovens profissionais e apoiando projetos do terceiro setor.

    O Chef concedeu uma entrevista, que colocaremos aqui para você, para NeoFeed relatando a preocupação e o drama econômico em qual seus restaurantes e seus projetos estão vivenciados no momento atual devido ao COVID-19,

    Mas antes, vamos compreender um pouco da história de sua carreira.

    História da Carreira

    Foi na escola de Hotelaria de Namur, na Bélgica, que Alex Atala iniciou sua carreira como chef. Enfrentou desafios e novas experiências na França, em Montpellier, em Milão. Voltou para o Brasil em 1994, e em 1999 iniciou sua carreira como proprietário e chef do aclamado Namesa. No mesmo ano inaugurou o D.O.M Restaurante, considerado o 6º melhor restaurante do mundo em 2013, no qual possui uma cozinha vanguardista, valorizando os ingredientes e a cultura alimentar do Brasil.

    Além de ser chef criativo, é um incansável estudioso dos ingredientes locais. Devido a isso, fundou um instituto junto com uma equipe multidisciplinar que reúne fotógrafos, empresários, publicitários, um antropólogo e um jornalista. O instituto que é chamado de Atá tem o intuito de aproximar o saber do comer, o comer da cozinha, o cozinhar do produzir, e por fim, o produzir da natureza, fortalecendo e valorizando, dessa forma, a cadeia dos pequenos produtores do Brasil.

    O Atá já apoiou e desenvolveu dezenas de projetos de ingredientes específicos, como a pimenta baniwa, cogumelos brasileiros Yanomâmi, o mel de abelhas nativas, baunilha do cerrado, os arrozes especiais do Vale do Paraíba, além de projetos ligados à proteção da biodiversidade dos oceanos e ao uso de orgânicos. Além disso o instituto, em parceria com a prefeitura de São Paulo, é responsável pelos boxes de biomas do Brasil no Mercado Municipal de Pinheiros, no qual oferece para os consumidores ingredientes de pequenos produtores da Amazônia e Mata Atlântica, do Cerrado, Pampas e da Caatinga.

    Chef Atala
    Chef Alex Atala e participantes do Instituto ATÁ (Fonte: divulgação)

    Além de tudo isso, Atala é responsável pela criação do restaurante Dalva e Dito, em 2009, 7 Gastronomia, serviço de buffet para pequenos e grandes eventos, em 2015, Bio Restaurante, em 2017, Seminário FRUTO, em 2018, e ainda possui uma estimativa de abrir o D.O.M Hotel em 2021.

    Com prestígio internacional, Atala é convidado a participar dos principais eventos gastronômicos do mundo. Além disso, o chef foi um dos personagens da segunda temporada do Chef’s Table, da Netflix, no qual ele mostra os detalhes das criações na cozinha e o papel que empenha com os pequenos produtores das comunidades brasileiras.

    Além de tudo isso, Atala publicou quatro livros, com o intuito de dividir seus conhecimentos e estimular a valorização dos produtos locais. O chef é o autor de “ALEX Atala – Por uma Gastronomia Brasileira” (2003), “Com Unhas, Dentes e Cuca – Prática Culinária e Papo cabeça ao Alcance de Todos” (2008), “Escoffianas Brasileiras” (2008), e por fim, “D.O.M Redescobrindo Ingredientes Brasileiros” (2013).

    Entrevista Concedida ao NeoFeed

    Estamos em um momento de agir racionalmente e não emocionalmente.

    Como foi fechar o DOM no dia 19 de março?

    Foi pegar o coração e colocar na geladeira. Estamos em um momento de agir racionalmente e não emocionalmente. Primeiro pensei em só abrir o restaurante no jantar, com os funcionários que moram mais perto. Mas era o momento de fechar. Ao fechar, não é só o dono que sofre. A equipe também sofre emocionalmente e porque depende do dinheiro das comissões de venda.

    Você fala da sequela social?

    O elemento humano é fundamental. 90% da equipe do DOM é bilíngue, são insubstituíveis. Não dispensei a equipe, mas fiz contratos de suspensão e os acordos possíveis, sempre dentro da lei. Me preocupa muito o começo de maio. Para o pagamento de abril, eu tinha a caixinha de março, o que não terá no de maio. O rendimento vai cair para menos de um terço. Espero não precisar demitir. Isso é uma sombra na vida da gente. Hoje, entre DOM e Dalva e Dito, são 126 funcionários.

    Ao fechar, como ficaram os produtos que o restaurante tinha em estoque?

    Os ingredientes foram para o delivery ou para os funcionários. Nunca sofremos tanto e comemos tão bem.

    E os recursos para superar este momento?

    Os bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, têm mais dificuldades de implementar medidas de auxílio aos restaurantes, por suas estruturas mais engessadas. Os bancos privados são mais ágeis. Acredito que muitos restaurantes não vão aguentar até chegar o recurso. E temos de pagar o aluguel. São poucos os donos que têm imóveis próprios. Temos o embate dos impostos e temos os embates com os bancos privados, que não têm sido nada flexíveis e estão bastante agressivos nas taxas. Há muitas inseguranças e incertezas. Vamos sofrer muito, mas vamos sair do outro lado.

     Aí você conhece o caráter do seu fornecedor, quem é parceiro e quem não é.

    Como foi a conversa com os fornecedores?

    Peguei meu capital de giro e pedi descontos para quitar dívidas. Era o dinheiro que tinha e a aplicação financeira é menos rentável do que uma boa negociação. Aí você conhece o caráter do seu fornecedor, quem é parceiro e quem não é.

    Esses são os grandes fornecedores. E os pequenos, aqueles que você, o Instituto ATA e outros ajudaram a desenvolver?

    Não sei como vai ficar. Vou te contar um exemplo: o seu Eriji, que fornece pirarucu. Ele traz o peixe ainda filhote de Rondônia para sítio dele em São Paulo e engorda o peixe aqui. Eu compro 90% da produção dele. É um fornecedor absolutamente dependente de mim. Indiquei ele para o Best Farmer, um prêmio internacional para os produtores e ele não aceitou porque não quer crescer o negócio dele. Ele quer ter poucos e bons clientes. Com o DOM parado, ele quebra. Chamei ele para uma reunião. Ele contou que este ano foi mais frio e que o peixe não iria crescer tanto e me disse: “Alex San, se você usar o meu peixe só no delivery, eu consigo sobreviver”. Foi uma solução mágica. Sobre os demais pequenos produtores, como os do Mercado de Pinheiros, ou dos projetos do ATA, estamos procurando caminhos para vazar os estoques. Mas ainda não conseguimos colocar um projeto em pé. As taxas de entrega são um dos entraves.

    Alex Atala chef no dom
    Alex Atala no D.O.M Restaurante (Fonte: divulgação)

    Por quê?

    Tem empresas pedindo 27%, 28% do valor bruto. Essas empresas aumentaram as taxas neste momento. Mas, para os pequenos, muitas vezes, é a única saída para não travar o negócio. Alguns estão colocando em lojas virtuais, mas não é fácil. Também estamos engajados em um coletivo de gastronomia periférica. Na periferia, já tem uma onda de fome, de pessoas que não têm o que comer. A mãe é empregada doméstica que foi mandada embora. O pai está afastado e tem de alimentar a família. Tem muitas famílias deste jeito. Vamos passar por um momento muito duro.

    O delivery do Dalva e Dito cresce de importância neste momento?

    Sim, estamos indo muito bem com o delivery, conseguindo de 10% a 15% do faturamento de antes da crise. Mas continuamos com o custo de 100% do faturamento. Fazemos promoções, o que nos dá mobilidade com ingrediente. Tem promoções de café da manhã, com cestas, que são vantajosos para os clientes e nos permite desovar o estoque. Temos muita coisa em estoque ainda. Além disso, sou parceiro de muitos fornecedores, no plantio, da roça e da horta. Eu não compro o produto finalizado, compro a semente, dou condição para ele trabalhar e estes produtos estão indo para o delivery, na medida do possível.

    Há o risco de o DOM fechar?

    O DOM não fecha. Vou conseguir reabrir, mas a operação será deficitária por pelo menos um ano e meio. O DOM está 100% desligado, mesmo com a equipe da manutenção trabalhando. Sei que vou perder equipamento, que vai estragar câmaras frias. Sei que vai ter problema. O mercado precisa saber que a retomada não é desligar e ligar a luz. A gente não vai voltar a todo vapor. Talvez nem funcionaremos todos os dias, pela conjuntura mundial. Temos muitos clientes de turismo de negócios, que também vão demorar a retomar. As pessoas vão estar com suas economias combalidas. Se eu não vou comprar luxo, os outros não vão. Isso é a realidade. Tenho gráficos que mostram que o consumo de alto luxo deve sofrer muito. Acredito que o DOM vai sofrer mais que o Dalva e Dito, esta ressaca da crise, da recuperação. Vou adorar estar errado, mas acho que não estou.

     Seria como tirar um filho da minha vida.

    Passada a pandemia, você vai reformular o DOM?

    O DOM vai continuar. Não sei quanto aos preços, ao menu, mas vai continuar. É uma certeza que eu tenho. Tenho uma emocionalidade com o restaurante. Seria como tirar um filho da minha vida. Não tenho palavras firmes para este momento, mas sei que o Geovane (Carneiro, seu braço direito) e mais alguns funcionários com certeza vão ficar no DOM.

    E o Dalva e Dito?

    Acredito que terá ajuste de cardápio, de preços. Ainda quero acreditar em parcerias pós esta pandemia, em um mercado mais solidário. O problema e a solução são coletivos. Todo mundo vai ter de ceder. Este é o meu otimismo para a retomada.

    Será um novo mercado?

    Deve haver ajustes, novos realinhamentos. A famosa caixinha, por exemplo, que não é compulsória, deve tomar um novo formato. De um modo geral, hoje ela vai mais para o salão, mas deve ter um novo entendimento dentro dos restaurantes. Acho que mais gente deve entrar nesta caixinha. O setor de compras, que é cobrado por saber comprar bem, pode estar nesta divisão da comissão. Meu ponto é que todo mundo vai ter um salário menor e precisaremos de rearranjos.

    O medo é fundamental para sobreviver, o pânico emburrece as pessoas.

    Você se relaciona muito com os chefs internacionais. O que eles te falam?

    Eles estão sofrendo mais do que a gente, muito mais. Na Europa, países como Itália, Espanha, Portugal, a crise está mais forte. A Holanda está melhor, mas, em geral, eles estão sofrendo mais. Nos EUA, não está diferente. Nova York está trágico. Falo quase que diariamente com os amigos de lá. Não vou dizer que o nosso copo está mais cheio do que os deles, mas eles estão mais “panicados” do que a gente, talvez por terem vivido as guerras. Aqui, por toda a nossa instabilidade, o brasileiro tem medo, mas não tem pânico. O medo é fundamental para sobreviver, o pânico emburrece as pessoas. É preciso olhar com perspectivas. Os europeus estão mais na trincheira, estão em pânico, mais assustados.

    Nesta semana, você começou uma série de vídeos patrocinados pela Mastercard. Como é o programa?

    Topei porque é uma experiência pessoal que eu tenho. Tenho a virtude de cozinhar em qualquer lugar, com o ingrediente que tem na hora. Tenho esta segurança. As dicas são pensadas para compartilhar conhecimento, de passar um conhecimento útil. De ter o hábito de cozinhar e aproveitar melhor o que se tem em casa. Uso o mesmo azeite para três preparações, logo nos primeiros programas, por exemplo. Uso pão velho, o talo da couve. É uma experiência que vem com o restaurante Bio, de utilizar tudo. O programa traz um conteúdo de qualidade, que me faz voltar para a televisão, que não é o meu prazer primeiro.

    Dessas três semanas de quarentena, qual foi o seu dia mais difícil?

    A semana passada. Porque vai caindo a ficha que a situação é muito grave. Recebo pressão de todos os lados. E as pessoas ainda não entenderam que não é através da pressão que vai se sair desta crise. Semana passada foi a mais difícil por isso. Mas acredito que mês que vem vai ter uma depressão coletiva. Tenho medo do começo de maio, quando os funcionários perceberem o quanto vão receber, que será bem menos. A gente precisa entender que os bancos estão capitalizados, mas que a gente vai ganhar menos dinheiro. Será uma ressaca grande. Precisamos entender que o isolamento ainda é a forma mais segura.

  • Plataforma criada pelo IFCE ganha destaque em todo o território Nacional

    Plataforma criada pelo IFCE ganha destaque em todo o território Nacional

    A redução das atividades econômicas, por causa da quarentena frente à pandemia do COVID-19, vem gerando medidas urgentes para reduzir os danos acarretados aos empreendimentos.

    O Instituto Federal do Ceará (IFCE), para contribuir com a diminuição dos impactos negativo acarretado pelo isolamento social, por meio do Laboratório de Redes de Computadores e Sistema (LAR), no campus de Aracati, e de Laboratório de Inovação Tecnológica (LIT), no campus em Fortaleza, desenvolveu uma plataforma on-line para disponibilizar à população informações sobre os pequenos e médios empreendimentos comerciais e prestadores de serviços essenciais no Estado.

    Tendo em vista a urgência da demanda, o sistema foi desenvolvido em curtíssimo prazo. A equipe, formada por bolsistas professores e alunos voluntários, demorou apenas 3 dias para concluir a primeira versão da plataforma.

    A plataforma, chamada de Fique no Lar, é gratuita e tem o intuito de dar visibilidade e conectar os consumidores com os pequenos e médios comércios de cada região.

    Plataforma fique no lar
    Plataforma, Fique no Lar, criada pelo IFCE (Fonte: divulgação)

    O Fique no Lar cadastra e reúne informações, tais como tipos de produtos e serviços ofertados, horário de funcionamento, forma de pagamento, forma de entrega, para que, assim, o consumidor possa consultar de forma rápida e organizada o que cada estabelecimento oferece.

    Comparando com outros serviços similares de vendas on-line, a plataforma se destaca por ser menos burocrática na hora do empreendedor se cadastrar. A negociação é feita entre o cliente e o comerciante, sem intermediações ou interferências da ferramenta.

    O Fique no Lar, que inicialmente era disponível para os empreendedores apenas do Ceará, hoje, está disponível para todos os estados brasileiros.

    A Bahia, com o intuito de cadastrar os estabelecimentos que estão realizando delivery na sua capital e em cidades do interior, foi o primeiro estado a aderir a ferramenta e já conta com 236 comércios cadastrados, entre farmácias, papelaria e supermercados.O governo da Bahia está utilizando a ferramenta para dar maior suporte para os comércios locais e ajudando a desenvolver de forma mais eficaz o Fique no Lar, destaca a coordenadora do projeto e professora do Campus Aracati do IFCE, Carina Oliveira:

    Temos mais de 5.700 acessos desde que a plataforma foi lançada. O Governo da Bahia está utilizando o ‘Fique no Lar’ como uma ferramenta oficial de apoio aos comerciantes e nos passando informações para aprimorarmos o sistema

    Adélia Pinheiro, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, elogiou o portal criado no Ceará: “É uma plataforma simples e amigável, que ajudará toda população neste período de acesso reduzido a produtos e serviços. O foco é voltado para os pequenos negócios, para que esses tenham maior visibilidade e, assim, consigam entregar seus produtos e ou serviços”

    o vice governador do Estado da Bahia, João Leão, que também é presidente do Fórum Fórum Regional Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e secretário de Desenvolvimento Econômico pede que todos fiquem em casa e consuma, através de delivery, dos pequeno e médio empreendimentos.

    Todas as ações têm como objetivo mitigar os prejuízos causados aos microempresários e empreendedores neste momento delicado que estamos vivendo. Então faço dois pedidos: se puder fique em casa e se também for possível peça em casa, mantenha o isolamento social e apoie pequenos comerciantes e trabalhadores.

    mapa da plataforma
    Mapa que mostra a expansão da ferramenta Fique no Lar (Fonte: divulgação)

    A plataforma já conta, até as 14h do desta quarta-feira (15/04/2020), 506 negócios cadastrados, sendo 261 no Ceará, 236 na Bahia, 4 no Rio Grande do Norte, 2 em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, um no Pará e um em Pernambuco.

    O instituto desenvolveu, ainda, um aplicativo para celular, que ficará disponível para Android e iOS. A equipe aguarda, apenas, que o Google e a Apple disponibilizem o Fique no Lar nas lojas de aplicativos.

    Você efetuou alguma compra através dessa plataforma? Compartilha como foi sua experiência com a gente.

  • Jacquin adequou a rotina do Président para se adaptar à pandemia

    Jacquin adequou a rotina do Président para se adaptar à pandemia

    Érick Jacquin, 55, chef de cozinha francês e naturalizado brasileiro, ficou conhecido pelo grande público através do MasterChef, reality show de gastronomia transmitido pela Band, no qual é júri do programa.

    Pode-se dizer que esse trabalho foi um alívio para esse chef que é conhecido pelo seu humor e “braveza” no programa, pois foi com esse sucesso (e os demais subprodutos da fama, como palestras, comerciais e outros programas), apesar de seus dotes culinários indiscutíveis, que conseguiu pagar as dívidas (estima-se que elas superaram R$1 milhão) do seu antigo e falido restaurante, no qual possuía, também, diversos processos trabalhistas.

    Após seis anos, decidiu abrir um novo restaurante, Président, com o seu sócio e empresário Orlando Leone.

    cardápio restaurante jacquin
    Menu do restaurante do chef Jacquin possui foie gras, vieiras, caviar, trufas (Fonte: divulgação)

    Jacquin aprendeu, com a experiência do seu antigo restaurante, a lição de nunca mais lidar com a parte financeira ou de recursos humanos do negócio, deixando isso para Orlando.

    O chef define os ingredientes e eu negocio com os fornecedoresOrlando Leone

    Jacquin não economizou no investimento do Président, fazendo com que o seu sócio gastasse muito mais do que estava esperando, principalmente quando se refere aos equipamentos e utensílios da cozinha.

    Foi muito dinheiro, o dobro do que eu esperava. […] Os meus negócios costumam dar retorno em até três anos, mas sei que no Président será um pouco mais, como quatro ou cinco anos. – Orlando Leone

    O cardápio do Président, como um autêntico restaurante francês, é recheado de foie gras, vieiras, caviar e trufas. Além dos pratos do a la carte, o menu conta com uma degustação com quatro ou mais pratos (a depender do chef) que sai a R$680,00, tem também o menu executivo (R$98,00) que é servido no almoço de terça a sexta, incluindo: entrada, prato principal e salada de frutas.

    O restaurante que foi inaugurado em dezembro de 2019, teve que fechar as suas portas temporariamente devido ao isolamento social imposto pela nova pandemia do COVID-19.

    O grande chefe e apresentador, deu uma entrevista para VEJA falando de sua preocupação com o atual momento em que estamos vivendo.

    Jacquin adequou a rotina do Président para se adaptar à pandemia
    Chef Jacquin na cozinha do seu novo restaurante Président (Fonte: divulgação)

    Como o senhor está se adaptando ao atual momento? 

    Sempre falei que nunca mais ia abrir um restaurante. Quando decidi investir em uma nova casa, tive que fechá-la depois de quatro meses por conta de uma crise como a do coronavírus. Mas eu não sou o único, não é só o meu restaurante. É economia do Brasil, do mundo. Tem gente que é a favor de trabalhar, tem quem é contra. Mas a proteção da população, das crianças, dos idosos, das pessoas, vem à frente de tudo. A gente não pode fazer as pessoas irem trabalhar e arriscar a saúde delas. Ao mesmo tempo, muitas pessoas precisam trabalhar para comer amanhã. Ninguém sabe se o governo pode assumir essa situação e qual o poder financeiro deles. A bolsa de valores é uma coisa, mas a realidade, a geladeira dentro das casas das pessoas, é outra. 

    O senhor enxerga uma solução para o curto prazo? 

    O grande problema é o que vai acontecer depois de tudo isso, quais vão ser os resultados. Como as pessoas vão viver amanhã, qual o resultado dessa crise nas escolas, na economia, na segurança pública, no nosso futuro? Ninguém sabe. A gente é privilegiado, mas e os outros? Quem vai fazer as contas no final? Quem vai explicar isso para nós? Vamos mudar a sociedade? Vamos mudar a forma de fazer política no Brasil? O presidente fala uma coisa, o governador e o ministro falam outras coisas. Ninguém se entende. O meu restaurante é um pingo de água dentro do oceano. A gente decidiu fazer delivery no Président até como alternativa para manter o emprego das pessoas.

    Qual é a sua principal preocupação? 

    O que me preocupa é o futuro da minha família. Eu tenho três filhos. Cadê o futuro deles depois disso? Até mesmo na segurança, qual o impacto disso? A babá que fez a pior coisa da vida com a minha família talvez seja solta. O pior é o futuro, o que vai acontecer depois que passarmos por tudo isso. Eu estou rezando para o futuro dos meus filhos. Já vivi mais da metade da minha vida. E os meus filhos? Um com 23 e os bebês com 2 anos? Esse país maravilhoso que tem tudo para ser o melhor do mundo, cadê o resultado do Brasil? Devia ser mil. Mas a gente não está nem com nota dois.

    E o que preocupa você em meio a pandemia??

  • Startup cria opção gratuita de delivery para vendas por WhatsApp

    Startup cria opção gratuita de delivery para vendas por WhatsApp

    Já é um assunto recorrente aqui na Achou Gastronomia e na comunidade gastronômica a preocupação com o mercado da alimentação diante da pandemia COVID-19. Impossibilitados de funcionar de forma integral, com serviço de salão, os empreendedores estão desenvolvendo outros métodos em seus negócios para não pararem por completo nesta crise.

    Algumas empresas, como a Ambev com sua marca Stella Artois, e Nestlé (que entrou há pouco na campanha #apoieumrestaurante), estão tentando alternativas para ajudar os restaurantes a sobreviverem durante esse período, pois somente a atividade em delivery não ajudará por muito tempo.

    Campanha de Stella Artois ganha presença de Nestlé, Apoie um Restaurante
    Confeitarias e cafeterias participam de campanha Apoie Um Restaurante com Nestlé e Stella Artois | Foto: Site da Campanha

    Esse período de Páscoa que é tão esperado por consumidores e lojistas, pois a demanda é muito grande pelos produtos; se encontra em um momento histórico, com ruas vazias, lojas fechadas e casas sem ovos de chocolate. Da mesma forma os restaurantes, principalmente àqueles que trabalham com peixes e frutos do mar que são os mais consumidos nessa época pascoal, que antes eram locais de socialização e encontro, agora estão temporariamente fechados ou trabalhando somente com entregas.

    Como já conversamos anteriormente aqui na Achou, o delivery se tornou o meio mais visível e eficaz de vendas durante a pandemia, principalmente quando falamos da implementação de plataformas online, uma vez que temos basicamente a internet para nos comunicar e ficamos cada vez mais conectados com o mundo externo por meio de um dispositivo móvel. Mas até que ponto o serviço de delivery dessas plataformas se mostra viável, mesmo, ao empreendedor?

    Se por um lado, ele oferece a estrutura: o serviço de pagamento online e a maquininha de cartão que o pequeno empreendedor não tenha, assim como o próprio serviço de entrega com o motoboy licenciado diretamente pela plataforma; por outro, as taxas são muito altas e acabam por muitas vezes, tirando mais do que a margem de lucro do produto. Para pequenos e médios empreendedores, isso pode ser o fim da empresa, também.

    covid 19 no RJ bares e Restaurantes
    Fonte: divulgação

    No Ceará, a plataforma online iFood entrou em acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) e reduziu suas taxas e anteciparam os pagamentos recebidos pelas vendas realizadas nos aplicativos, para que empreendedores de todos os tamanhos consigam arcar com as despesas durante esse período de quarentena do isolamento social, segundo informações cedidas por Vanessa Santos (consultora gastronômica do SENAC-CE e membro da Associação Cearense dos Chefs de Cozinha – ACC) em live no Instagram, com o Observatório Cearense da Cultura Alimentar (OCCA) na quarta-feira, 25. Mas para alguns órgãos, somente essas reduções não bastam.

    Foi ao ouvir os problemas de alguns desses estabelecimentos que o empresário Felipe Lo Sardo e sua equipe decidiram criar uma opção para facilitar as vendas online do comércio. Lo Sardo é fundador e presidente da startup Goomer, especializada em digitalização de restaurantes e terminais de autoatendimento — com clientes como KFC, Spoleto e Jeronimo Burger.

    https://www.instagram.com/p/B-ChoKsIPFr/

    Em poucos dias, a empresa conseguiu colocar no ar a ferramenta GoomerGo, que permite aos estabelecimentos publicar seu cardápio online e receber pedidos de forma automática pelo WhatsApp. Com duas semanas no ar, a plataforma já atraiu mais de 2.500 estabelecimentos.

    “A projeção é chegar a 10.000 já em meados de abril”

    Diz Lo Sardo.

    Todo o intuito da ferramenta é possibilitar que estes pequenos negócios, que não tinham operação online, possam vender pela internet de forma mais organizada — e não recebendo vários pedidos despadronizados no WhatsApp ou com cardápios pouco profissionais, como é comum em pequenos negócios.

    “O cliente vai lá e pergunta se tem tal sabor, se pode trocar, quanto custa para adicionar um extra… Só nisso, o restaurante perde muito tempo. Na plataforma, na hora de fazer o pedido, já é possível checar todas essas informações”

    A startup diz que, com o GoomerGo, consegue aumentar as vendas do estabelecimento em 20% na internet em relação ao uso comum e sem tecnologia do cardápio e do WhatsApp.

    Não há um aplicativo da Goomer que reúne os restaurantes, como no caso de outras plataformas como iFood, Rappi ou UberEats. Para vender, o estabelecimento precisa divulgar o link de seu cardápio na Goomer para os clientes. Depois, o cliente faz o pedido de forma padronizada, com as ferramentas da interface da Goomer, adaptadas para cada restaurante. Por fim, a plataforma gera um texto no WhatsApp de forma padronizada, que o cliente envia ao restaurante.

    Transferido o pedido para o WhatsApp, o cliente e o atendente do restaurante podem continuar conversando. A entrega fica por conta do próprio estabelecimento — como muitos não tinham essa estrutura, há casos em que o delivery é feito até por amigos ou parentes do pequeno comerciante, conta Lo Sardo. Tudo vale na hora de vender. Os estabelecimentos também podem usar o GoomerGo com a opção de retirada no próprio local. Se optar por essa modalidade, o cliente ganha um desconto.

    Com as funcionalidades da nova plataforma, a Goomer conseguiu uma parceria com a cervejaria Heineken, que está incentivando os milhares de bares e restaurantes que vendem a cerveja a oferecerem os produtos online. A Heineken também vai patrocinar a divulgação dos cardápios na GoomerGo por meio de seu time de vendas.

    “A plataforma GoomerGo surge como uma solução importante para os bares e restaurantes menores que muitas vezes não possuem nenhuma forma de e-commerce”, disse em nota à revista EXAME Jussara Calife, diretora de Trade On Premisse e Off Premise do Grupo Heineken no Brasil. O objetivo, diz a cervejaria holandesa, é ajudar os pequenos negócios a se manterem rentáveis em meio à pandemia.

    Mesmo antes do começo oficial da quarentena, bares, restaurantes e outros pontos comerciais físicos já viam a operação ser amplamente reduzida. Em meados de março, a Goomer já notava queda de 25% nos pedidos em seus terminais físicos. O segmento de bares e restaurantes teve queda de 43,4% do começo de março até o dia 6 de abril, segundo dados da Cielo. A venda de bebidas alcoólicas também caiu 52% na segunda quinzena de março, de acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).

    Tecnologia nos restaurantes

    Lo Sardo e os colegas Rafael Laganaro e Daniel Wassano, co-fundadores e hoje também diretores da Goomer, começaram a trajetória no empreendedorismo em 2014. Naquele ano, criaram serviços de autoatendimento para facilitar check-in e check-out em hotéis — em meio ao auge do otimismo com o turismo no Brasil com Copa do Mundo daquele ano e as Olimpíadas de 2016.

    A relação com os hotéis os fez se aproximar dos restaurantes nos locais. Foi no setor de alimentação que o trio percebeu que havia uma oportunidade para ajudar os espaços na digitalização. “Os restaurantes ainda não haviam feito mudanças de tecnologia para aprimorar seus processos, e viam a margem que era de 20% cair para 15%, 10%”, diz Lo Sardo.

    A Goomer trouxe então processos como cardápio em tablets e celulares para o garçom, tornando os pedidos cerca de 30% mais rápidos. O fundador conta que muitos restaurantes tinham medo de, ao implementar a tecnologia, perder a humanização no contato com o cliente. “Com o uso, eles viram que, se o garçom gasta menos tempo anotando os pedidos, sobra mais espaço para um melhor atendimento”, diz Lo Sardo.

    Depois do cardápio automatizado, a empresa lançou sua ferramenta mais conhecida até hoje, que são os terminais de autoatendimento. “Vimos que havia espaço também para melhorar as praças de alimentação, onde havia muita fila e atendimento ruim”, diz o presidente. Dentre os clientes das ferramentas de digitalização da Goomer, estão nomes como Madero, KFC, Gendai e Jeronimo Burger (neste último, todo o pedido é feito pelo próprio cliente nos terminais).

    computador e celular mostrando o site da Goomer
    Plataforma da Goomer: vendas gratuitas pelo WhatsApp | Foto: EXAME

    Com os dados que coleta com o autoatendimento, a Goomer quer cada vez mais ajudar os restaurantes a otimizar o cardápio e a relação com os clientes como um todo. “Ninguém mais acha bom ir a um restaurante e encontrar um cardápio com dezenas de opções que você nem sabe o que é. Ajudamos os lugares a conhecer o que de fato o cliente quer”, diz Lo Sardo.

    A ideia de lançar uma ferramenta de contato direto com os clientes como a GoomerGo já existia antes do coronavírus, embora a empresa ainda não estivesse certa sobre qual formato usar. Mas o plano foi acelerado — e as dúvidas foram solucionadas — em meio à pandemia e pela própria demanda das empresas clientes.

    A briga no mercado de refeições online, no entanto, está longe de ser fácil — e fez até a espanhola Glovo desistir do Brasil em 2018. Neste cenário, há espaço para brigar com nomes como Rappi, iFood e UberEats depois da pandemia? Lo Sardo afirma que em plataformas mais consolidadas de delivery, é difícil para os pequenos restaurantes se destacarem e conseguirem fidelizar um cliente em meio a tantas opções.

    Na visão do fundador da Goomer, a maior vantagem do GoomerGo é possibilitar ao restaurante ou bar continuar mantendo contato direto com seu cliente via WhatsApp, sem depender somente da plataforma. “Eu te diria que, há algumas semanas, realmente não dava para brigar com outras ferramentas mais estabelecidas”, diz Lo Sardo. “Mas tudo mudou em 15 dias.”

    Fonte: Revista EXAME.

  • Nestlé entra em campanha de Stella Artois e traz confeitarias e cafeterias

    Nestlé entra em campanha de Stella Artois e traz confeitarias e cafeterias

    Já conversamos anteriormente sobre a campanha que a Stella Artois e seus parceiros fizeram para ajudar os restaurantes durante a crise que estão passando nesse período de pandemia do COVID-19, lembram? A ação consiste na venda de vouchers em que a Ambev paga parte do valor ao restaurante e o consumidor que comprar o voucher, a outra parte.

    Preocupada com a situação dos restaurantes, a marca Stella pensou na alternativa de ajudar os serviços de alimentação por meio de venda de vouchers, uma vez que somente a alternativa de delivery não é garantia de que os estabelecimentos consigam se manter por muito tempo.

    A empresa idealizadora da campanha, que já tinha como parceiros o chef Alex Atala, a startup ChefsClub e a fintech brasileira de meios de pagamento, Stone; agora conta com a presença e a força da Nestlé que fortifica a relação também trazendo sua marca Nespresso.

    Campanha de Stella Artois ganha presença de Nestlé, Apoie um Restaurante
    Confeitarias e cafeterias participam de campanha Apoie Um Restaurante com Nestlé e Stella Artois | Foto: Site da Campanha

    Com a chegada da famosa empresa de chocolates, vieram também duas novas categorias para os serviços de alimentações amparados pelo programa #apoieumrestaurante: confeitarias e cafeterias.

    Enquanto a Nestlé oferece o desconto para confeitarias e cafeterias, a Nespresso entrará junto à Ambev e ajudará os bares e restaurantes. Com essa novidade, espera-se que cerca de seis mil serviços de alimentação estejam participando do projeto. Segundo as empresas, o potencial é de reverter mais R$ 6 milhões para o mercado, além dos R$ 4 milhões arrecadados na primeira fase do projeto, a qual teve os cupons esgotados ainda na primeira semana de lançamento.

    https://www.instagram.com/p/B-xO3ULJxg0/

    Inspirada pelo movimento lançado no Brasil, Stella Artois levou a iniciativa para outros mercados onde a marca está presente, entre eles África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, México, Paraguai, Peru e Reino Unido.

    Nas redes sociais

    A campanha será divulgada com a hashtag #ApoieUmRestaurante. A ação foi criada pela CP+B, agência de publicidade de Stella Artois no Brasil.

    A Stella Artois também convidou chefs e criadores de conteúdo para produzirem vídeos especiais durante o isolamento social, com o intuito de ensinar e entreter as pessoas em isolamento, com receitas práticas.

    Saiba mais visitando o site da ação, clicando aqui.

  • Sócio do Floresta Brasil fala sobre a fake news do seu suicídio

    Sócio do Floresta Brasil fala sobre a fake news do seu suicídio

    Não é de hoje que o termo “Fake News”, ou notícia falsa, em português, existe. Essa expressão é usada desde o final do século XIX, porém se tornou mais popular devido a facilidade da disseminação em grande escala das informações através das redes sociais.

    Existem diversos motivos para que sejam criadas as fakes News. Em alguns casos, os autores criam manchetes para atrair acessos aos sites, e, por conseguinte, faturar com publicidade digital.

    Além do interesse comercial, as notícias falsas podem ser utilizadas para criar boatos e reforçar pensamentos, prejudicando pessoas não famosas, celebridades, políticos e empresas.

    Dessa vez, o alvo foi o empresário Pedro Machado, sócio do Floresta Brasil, um restaurante situado em Fortaleza – CE.

    Não bastava ter que fechar seu restaurante devido à crise econômica acarretada pelo COVID-19, demitindo mais de 80 colaboradores, foi divulgado em grande escala que teria cometido suicídio. A notícia se espalhou tão rápido que ele fez uma comparação com a pandemia:

     “Aprendi que a fofoca contamina mais rápido que COVID”

    Pedro Machado escreveu explicando a desagradável situação:

    “DIA MAIS INTENSO DA MINHA VIDA!

    Fechamos o Floresta Brasil com lágrimas nos olhos e ainda ficamos devendo;
    Fiz a carta mais triste da minha vida;
    Recebemos as mensagens mais lindas e emocionantes de agradecimento sobre o nosso trabalho. Foram quase 2000 mensagens em nossas mídias. Inacreditável, gratificante e fortificante;
    Depois me mataram com uma fake news onde dizia que eu tinha me suicidado;
    Aprendi que a fofoca contamina mais rápido que o covid;
    Recebi outras centenas de mensagens de pessoas apavoradas que me querem bem;
    Pra resumir, estou ainda triste e temeroso com tudo isso. Nosso faturamento caiu 90%. Por outro lado, estou feliz demais por tá vivo, com saúde, energia pra trabalhar e por ter tanta gente legal do nosso lado. Muito obrigado galera!!!!!! Vcs fizeram o quê era pra ser um dos piores dias na minha vida, em um dia com muito amor. Beijos em todos e obrigado por tudo!!!”

    espalhar noticias falsas
    Fonte: Divulgação

    Para comprovar a disseminação de fake news, o jornalista Oobah Butler, criou um restaurante fictício, The Shed at Dulwich,  no qual era tão disputado que era necessário fazer reservas pelo site do estabelecimento para poder conseguir degustar o seu cardápio. Essa estratégia manteve afastados os clientes reais.

    Em seguida, o jornalista mandou os dados para o TripAdvisor, que aceitou o registro. Foi aí que pediu para seus parentes e amigos escrevessem falsos elogios, atribuindo cinco estrelas. A partir daí, a fama se espalhou pelo mundo todo, em um único dia, o perfil recebeu 90 mil visitas. Com isso o “restaurante” subiu de ranking, tornando-se o melhor da capital londrina.

    Com isso, pode-se perceber como é fácil criar e disseminar uma notícia falsa. Infelizmente, é muito difícil combatê-las e punir os autores dos boatos.

    É muito importante checar as informações antes de sair divulgando em todas as redes sociais, por isso que no Brasil, existem algumas fact – cheking, isto é, agências especializadas em chegar à veracidade das notícias suspeitas. Alguns grandes portais de notícias criaram setores especializados em averiguar as informações.

    Essas são algumas páginas de fact-checking no Brasil:

    Agência Lupa
    Aos Fatos
    Truco
    UOL Confere
    Boatos.org
    E-farsas

    Quem nunca espalhou uma fake news?

  • 10 cursos grátis e online de gastronomia para fazer durante a quarentena

    10 cursos grátis e online de gastronomia para fazer durante a quarentena

    A situação ao qual vivemos, pandemia do covid-19, pede isolamento social pelas próximas semanas.  Ficar em casa o máximo de tempo possível é necessário, e por conta disso, separamos 10 cursos onlines e gratuitos sobre gastronomia para você ocupar seu tempo, aprender e quem sabe, desenvolver novas habilidades.

    1. GastrocomDigi

    Esse curso tem o intuito de mostrar para os alunos a importância do marketing na gastronomia.

    Ana Lieby formada em gastronomia pela Universidade Federal do Ceará, integrante da equipe do portal Achou Gastronomia, sócia da Bocca, ministra esse curso juntando suas duas paixões: gastronomia e marketing digital.

    O curso compreende aulas de como o empreendedor da alimentação pode trabalhar o marketing digital no seu negócio e ter mais resultados. São aulas como “Você vende para quem compra?” em que Lieby ensina os alunos a descobrirem quem são seus clientes ideias e a como se comunicar com eles.

    Ela recebe, também, a participação de professores visitantes, que conversam sobre temas de importância para a área, tal como seu sócio, Douglas, que dá a aula sobre como fazer anúncios pagos e qual a importância da ficha técnica com Mattu Macêdo.

    Participe do grupo no WhatsApp do curso clicando aqui

    2. Introdução ao Mundo de Vinho

    Neste curso você aprende elementos básicos sobre o mundo do vinho, os conceitos primários, uma introdução à degustação, sobre a geografia do vinho, acessórios, temperatura de consumo, abertura de garrafa.

    3. Boas Práticas no Serviço da Alimentação

    Para quem atua no ramo de alimentação é indispensável as boas práticas de higiene ao manipular os alimentos. Esse curso oferece capacitação com foco na Resolução RDC 216/2004 da Anvisa, no processo de elaboração dos alimentos, nas formas de armazenamento e conservação e em outros importantes conceitos e práticas. Ao final do curso, o Sebrae emite um certificado digital.

    4. Aprenda a Fazer Drinks

    Neli Pereira ensina a fazer 3 drinks com apenas 3 ingredientes para você fazer durante a quarentena.

    5. Pão de Fermentação Natural

    Luiz Américo Camargo, autor do livro Pão Nosso, ensina a fazer um autêntico pain au levain, desde o preparo do fermento até assar o pão.

    cursos online
    Fonte: divulgação

    6. Receita de Sucesso – Cardápio, Cozinha e Alimentos

    Nesse curso você aprende as técnicas sobre a elaboração, o planejamento e a atratividade dos cardápios. Você também irá aprender sobre o fluxo de trabalho e os controles necessários para o monitoramento da gestão operacional na produção e manipulação de comida.

    7.Temperagem de Chocolate

    Esse curso é destinado para iniciantes da confeitaria e visa auxiliar quem quer fazer seus próprios ovos de páscoa. Serão abordados os seguintes temas: Diferença entre cobertura e chocolate nobre, tipos de chocolates nobres e suas diferenças de manipulação, importância da temperagem do chocolate, demonstração: dicas de equipamentos baratinhos para temperagem, demonstração: método para temperagem limpa e fácil com adição de manteiga de cacau.

    8.Cozinhando em até 20 minutos

    Letícia Massula ensina uma série de receitas saudáveis e muito fáceis de fazer, com o tempo de preparo de até 20 minutinhos, tudo isso para você otimizar o seu tempo durante o home office.

    9. Comida no Pote para Vender

    Daniele Cruz compartilha sua experiência em refeições no pote de vidro, sendo essa, uma alternativa prática, higiênica , saborosa e atrativa para a marmita do dia a dia. Ela ensina desde a técnica de higienização do frasco de vidro até a sua comercialização.

    10. Cozinha Sem Fogão: Pratos Fáceis e Rápidos

    Podemos criar pratos com quase tudo que a natureza nos dá: cascas, flores, raízes, fungos, folhas, frutos, sementes, brotos, minerais, resinas, sucos e até fibras. A expert Bia Goll irá lhe ensinar uma nova maneira, mais leve e saborosa, de preparar pratos deliciosos com castanhas e ervas, criar sabores frutas e queijos, além de canapés deliciosos e finger foods e comidinhas saudáveis para comer com as mãos.

    Conhece algum curso que deveria estar nessa lista? Compartilha com a gente

  • Campanha Sabores que Amamos apoia restaurantes de Fortaleza

    Campanha Sabores que Amamos apoia restaurantes de Fortaleza

    Movido à solidariedade devido ao momento crítico ao qual vivemos, o Sabores da Cidade em parceria com a água mineral natural Minalba Premium está promovendo uma ação chamada Sabores que Amamos. Essa ação contemplará restaurante de Fortaleza.

    No Sabores que Amamos você compra um voucher de R$120,00 por R$90,00, totalizando um desconto de 25%. Os 30 reais de desconto serão pagos pela Minalba Premium e o valor será repassado de forma integral para os restaurantes. Isso é, você poderá consumir R$120,00 em um dos estabelecimentos parceiros, pagando apenas R$90,00. E para completar a experiência, a casa irá oferecer um mimo especial para quem adquirir o voucher, isso será uma forma de agradecimento pelo seu ato de solidariedade.

    Além de completar os 25% de desconto, a Minalba Premium já comprou 30% dos vouchers disponíveis no primeiro lote.

    https://www.instagram.com/p/B-fqQtdnf6C/

    Depois que efetuar a compra pelo pagseguro, você receberá em seu email o voucher com o código de compra, no qual você deverá guardar e apresentá-lo por meio do próprio telefone, sem precisar imprimir quando for ao restaurante.

    Os vouchers estarão disponíveis para você consumir a partir do mês de outubro de 2020 até março de 2021, isso é, você terá 6 meses para usá-lo.

    Lembrando que você adquirindo o voucher você estará ajudando um restaurante a sobreviver à crise economia causada pelo COVID-19.

    Os restaurantes que estão participando da campanha “Sabores que Amamos” são:  Cabana Del Primo, Cocina 378, Geppos Restaurante, L’O Restaurante, La Bella Italia, La Pasta Gialla, Le Cuisinier, Marcel Restaurante, Medit, Misaki, O Banquete, Ryori, Santa Grelha, Zé Restô e Zoi Restaurante.

    Ficou interessado e deseja comprar um? Clique aqui e adquira o seu.

  • Quarentena: confeiteiras criam maneira criativa de alavancar suas vendas

    Quarentena: confeiteiras criam maneira criativa de alavancar suas vendas

    Mariana Vasconcelos e Ana Mari, 34 anos, irmãs gêmeas, confeiteiras e cearenses conseguiram criar um novo modelo de negócio devido ao isolamento social decorrente da pandemia do COVID-19.

    Ambas possuem um currículo bem doce: Mariana começou a vender docinho, em 2013, enquanto cursava Economia Doméstica na UFC (Universidade Federal do Ceará). Quando se formou, montou o primeiro negócio, uma doceria própria em que, alguns anos depois, sua irmã Ana Mari entrou na sociedade para completar o time.

    Um dos pontos altos da carreira foi em 2019, quando ambas participaram do programa Que Seja Doce, do canal GNT. Elas ganharam a 6ª temporada apresentando uma receita de pizza de brownie. Além disso, já estiveram, com a receita do bolo ostentação, no top 20 do site do programa Mais Você, da Globo.

    Agora, em 2020, em pleno caos causado pelo coronavírus, as irmãs criaram uma forma diferente para continuar vendendo, pois perceberam que suas vendas tinham caído a um ponto de passar dois finais de semana sem produção. Foi aí que surgiu o “kit quarentena”.

    kit quarentena
    Kit Quarentena: 5 docinhos, 5 cupcakes e um bolinho para cinco pessoas. (Fonte: instagram da empresa, @doceriapormm)

     “No começo as vendas para bolo de aniversário caíram, as pessoas não estavam encomendando. A gente passou dois finais de semana sem fazer bolo. Então a gente criou o ‘kit quarentena’, que é um bolinho para cinco pessoas, cinco docinhos e cinco minicupcakes, para as pessoas comemorarem dentro de casa”, comenta Mariana Vasconcelos.

    Com a redução da demanda para bolos para grandes eventos, após o decreto estabelecido pelo Governo do Estado do Ceará, elas passaram a produzir itens em menores proporções, visando atender apenas comemorações pequenas em casa.

    Além do “kit quarentena”, inspirados em uma confeiteira de São Paulo, criaram o ‘É só um bolinho”, que consiste em um bolo individual, recheado e confeitado dentro de uma marmita que acompanha uma vela, que é para pessoa presentear quem estiver aniversariando, para simplesmente não deixar passar em branco esse dia especial.

    Para não passar em branco
    “É só um bolinho” (Fonte: instagram da empresa, @doceriapormm)

    Mariana disse que as novas ações alavancaram as vendas durante a quarentena. As entregas, que caíram para cerca de 10 a 15 por dia com o início do isolamento, voltaram a crescer e subiram para até 35 apenas no período da tarde.

    Após a quarentena, as irmãs desejam expandir os negócios e serem reconhecidas no mercado, tornando-se referência quando o assunto for doces

  • Pandemia e quaresma acarretam em falta de ovos no mercado

    Pandemia e quaresma acarretam em falta de ovos no mercado

    A demanda de ovos no período da Quaresma (período de 40 dias que antecede a Páscoa cristã) cresce significativamente devido a indicação de não ingestão de carne vermelha durante a estação. Tanto ovos quanto peixes são os mais consumidos pela população, principalmente pela parcela cristã que segue os preceitos e as tradições das religiões do Cristianismo.

    Esse ano, a grande demanda por ovos veio acompanhada pela nova pandemia do coronavírus (COVID-19) e o medo da escassez de produtos devido aos impactos do vírus no Brasil. Na avaliação do setor, houve uma busca maior nos supermercados, que também ampliaram seus pedidos pela proteína. Apesar da maior procura, não haverá desabastecimento, garante a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    De acordo com a entidade, o setor de ovos se mantém empenhado na manutenção do fluxo de oferta de alimentos para a população brasileira, em meio à crise do COVID-19.

    “Nossas empresas associadas estão focadas na saúde de seus colaboradores e no abastecimento de alimentos para a população”

    diz, em nota, segundo o site Avicultura Industrial

    Ainda de acordo com a ABPA, o aumento substancial na procura por ovos foi relatado pelas empresas do setor. No entanto, segundo a associação, o país não corre riscos de enfrentar um desabastecimento da proteína.

    O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, avalia que para garantir estoques e ter produto disponível para o consumidor final, redes de supermercados, tanto atacadistas quanto varejistas, têm aumentado os pedidos por novos lotes de ovos.

    No entanto, a oferta do produto está baixa desde o início de 2020. Segundo colaboradores do Cepea, a diferença entre os volumes demandado e ofertado aumentou significativamente, impedindo que parte deles consiga fornecer toda a quantidade pedida.

    Quanto aos preços, as dificuldades em atender à demanda têm sido diferentes dentre as regiões acompanhadas, fazendo com que as variações sejam distintas dentre as praças, o que não é comum para a avicultura de postura.

    Em Fortaleza (CE), moradores reclamam dos preços das bandejas de ovos, que antes podiam ser achadas pelo preço mínimo de R$ 9,90, e agora são vistas com preços entre R$ 16,00 e R$ 22,00.

    Pequenos empreendedores e autônomos da alimentação, reclamam da falta de ovos pelos fornecedores, que também encontram dificuldade em ter o produto para distribuição.

    Um alimento versátil e barato

    Depois do aumento do preço da carne com a peste suína na Ásia, os ovos ficaram ainda mais cobiçados pela sua versatilidade e baixo preço, se comparado à carne vermelha. Além de claro, render mais.

    E é justamente essa versatilidade que faz dos ovos, um dos ingredientes mais procurados durante a quaresma e quarentena (isolamento social causado pelo COVID-19), aponta Luís Carlos Brandt, gerente Executivo de Produção da Coopeavi. A cooperativa fica em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo, atualmente a maior produtora de ovos do país.

    “Esse ano, atrelado a essa demanda mais aquecida, em função da crise do Coronavírus, de fato o consumidor antecipou muito da sua compra. Grande arte dos consumidores acabou estocando, mas não só ovos. Mas o que houve foi uma escassez nos estoques (das granjas)”

    ressalta Brandt

    Uma das explicações, segundo ele, é a alta qualidade da proteína, que é rica em Vitamina D. Alguns especialistas apontam que existe relação entre essa vitamina na prevenção a doenças respiratórias.

    “Agora ressaltado essa vitamina para prevenção do Coronavírus, acaba tendo maior procura.”

    O porta-voz da Coopeavi afirma que o ovo é um produto muito versátil para o preparo de diversas refeições. Desse modo, acaba entrando na lista de prioridades nesse momento em que o consumidor temeu o desabastecimento “que não aconteceu”, aponta. No entanto, os consumidores precisam ficar atento quanto ao prazo de validade dos ovos. Isso porque o máximo que o ovo pode ser armazenado são 20 dias, em condições ideais.

    Aumento dos custos com a Ração

    Apesar da crescente demanda pelo ovo, de acordo com Luís Carlos Brandt, gerente Executivo de Produção da Coopeavi, as granjas não devem dobrar a produção. “É uma linha de produção como de um equipamento, existe um ciclo que existe seu prazo para acontecer. É preciso respeitar esse tempo. Os ovos que estavam planejados para serem produzidos nesse período toda granja tinha se programado desde o ano passado para isso”, comenta.

    “Não existe muito como atender a demanda excedente. O que a gente pode fazer enquanto cooperativa é cumprir todos os compromissos que já tínhamos assumido antes com distribuidores, supermercados, clientes”, ressalta. Além disso, o setor avícola enfrenta outro problema, que é a escassez e o reajuste dos principais insumos da ração: milho e soja.

    Segundo o gerente da Coopeavi, todos estão tentando viabilizar a parte nutricional para a produção de rações, mas os insumos sofreram “um reajuste muito forte”, devido também à elevação do dólar. O milho e a soja compõem 85% de todas as fórmulas de ração. “Essas matérias-primas subindo aumentou muito o custo do produtor”, conclui, acrescentando que isso ainda reflete no maior preço dos ovos nesse período.

    Fonte: Avicultura Industrial.

  • M. Dias Branco abre 500 vagas de trabalho durante pandemia

    M. Dias Branco abre 500 vagas de trabalho durante pandemia

    O grupo M. Dias Branco abriu chamado para completar 500 vagas temporárias para trabalhar em suas empresas. Responsável por fabricar massas, biscoitos, farinhas e margarinas, a M. Dias Branco se manterá operante durante à pandemia para abastecer a população com os produtos necessários.

    Em meio à pandemia de COVID-19, as empresas estão sendo aconselhadas a liberar os funcionários que pertencem aos grupos de risco (sendo eles: idosos, diabéticos, cardíacos, asmáticos, com doenças respiratórias crônicas e outros) em casa e longe do trabalho. Algumas empresas, as quais o decreto dos governos estaduais listam como impossibilitadas de funcionamento, optaram por trabalhar no formato home office ou por meio de delivery.

    A M. Dias Branco foi uma das empresas que optou por tomar a atitude de afastar preventivamente os profissionais pertencentes ao quadro mais vulnerável ao vírus. Diante desta situação, o grupo que trabalha com alimentos e bebidas, abre seleção para 500 vagas temporárias, para repor a equipe impossibilitada de trabalhar.

    As vagas disponibilizadas são para as funções ligadas à produção e em promotores de vendas, sendo distribuídas entre as 15 unidades industriais da companhia.

    Para enviar o seu currículo e obter maiores informações, acesse o site da empresa ou clique aqui.

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