No mês de Fevereiro deste ano de 2019, ocorreu a premiação internacional The World Restaurant Awards, em Paris; em que o restaurante paulista Mocotó, criado por Rodrigo Oliveira, mais conhecido por Rodrigo Mocotó, ganhou o prêmio No Reservations Required (sem necessidade de reservas) diretamente das mãos de Alex Atala.
O restaurante de Rodrigo foi criado unindo a origem sertaneja de seu pai com um toque de inovação e tem foco na inclusividade. Como afirma em seu site: “Uma experiência para todos, num restaurante que acolhe os mais diferentes paladares, níveis sociais e culturais. Uma cozinha que, como define Rodrigo Oliveira, é feita com os olhos no mundo e os pés sempre firmados no sertão”.
O prêmio foi criado pela IMG em parceria com Joe Warwick e Andrea Petrini para celebrar restaurantes como cultura, da mesma forma que cinema, arte e música são. Como afirmam em seu site: “Isso significa categorias relevantes / progressivas julgadas com integridade robusta por um painel de especialistas em uma tentativa de refletir melhor a verdadeira variedade e diversidade da cena do restaurante internacional: de inovadores de jantares finos a estabelecimentos humildes e acessíveis; grandes capitais culinários para destinos mais remotos”. Ainda de acordo com a diretora da Organização, Cecile Rebbot:
“Nós nos propusemos a criar um prêmio verdadeiramente internacional com uma nova abordagem, reconhecendo toda a amplitude e profundidade da indústria, mas isso é apenas o começo em termos de experiências de restaurantes ao redor do mundo que queremos explorar e descobrir. ”
A cerimônia de lançamento foi realizada em Paris, conhecida como o berço dos restaurantes do mundo ocidental, no dia 18 de fevereiro de 2019 e teve a participação de chefs de todo o mundo, incluindo Alex Atala, Alain Ducasse, Dan Barber, Hélène Darroze, Ana Roś, Clare Smyth e Hot Chip.
Quanto a outros prêmios da cerimônia, confira os vencedores abaixo:
- Restaurante novo do ano : Inua, Tóquio, do alemão Thomas Frebel ex-braço direito de René Redzepi;
- Restaurante livre de pinças do ano: Bo.lan, Banguecoque, Tailândia;
- Prato da Casa do Ano : Cacio e pepe “en vecia” (servido numa bexiga de porco) de Ricardo Camanini, Lido 84, na Lombardia, Itália. Era esta a categoria em que concorria o cachorrinho da Gazela, Porto;
- Restaurante num lugar Remoto do Ano: Wolfgat, África do Sul;
- Conta de Instagram do ano: Alain Passard;
- Restaurante com Melhor Ambiente do Ano: Vespertine, Los Angeles, EUA;
- Restaurante Sem Reservas do Ano: Mocotó, São Paulo, Brasil;
- Chefe Sem Tatuagens do Ano: Alain Ducasse;
- Restaurante “Ethical Thinking” do ano: Reffetorio (várias cidades do mundo);
- Original Thinking: Le Clarence, Paris (bateu, entre outros, o Noma, Enigma, Mugaritz);
- Trolley do Ano: Ballymaloe, Irlanda (carrinho de doces);
- Enduring Classic (restaurante aberto há mais de 50 anos): La Mère Brazier, Lyon;
- Forward drinking (lista de bebidas do ano): Mugaritz – no ano em que celebram 20 anos, um restaurante “que é uma aberração”, como Andoni Aduriz se referiu em tom jocoso, quando discursou no palco;
- Restaurante com lista de vinho tinto do ano: Noble Rot, Londres, Inglaterra;
- Evento do ano : Refugee Food Festival (vários locais);
- Colaboração o ano: Paradiso com Gortnanain, Cork, Irlanda;
- Peça jornalistica longa da ano: Lisa Abend “The food circus”, Fool Magazine;
- Restaurante do Ano : Wolfgat, África do Sul.