O que a “Skol Latão” e a nova série da Apple com o Jason Momoa tem a ver?

O que a “Skol Latão” e a nova série da Apple com o Jason Momoa tem a ver?

(Foto: Divulgação.)

Faz pouco tempo que o serviço de streaming da Apple lançou e, com ele, várias séries originais. Dentre estas, o seriado “See”, estrelado pelo astro de “Game of Thrones” e “Aquaman”, Jason Momoa. Até aí, tudo bem. Porém, o detalhe que chamou a atenção dos brasileiros encontra-se no 3º episódio, no qual há uma cena de uma personagem caminhando por um festival e, ao fundo, é possível escutar alguém gritando “Skol, Skol, Skol Latão, aqui!”.

O que muitos se perguntaram: por que uma fala tão brasileira foi parar justo numa série pós-apocalíptica, meio medieval, da empresa norte-americana?

O que a “Skol Latão” e a nova série da Apple com o Jason Momoa tem a ver?
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A resposta para essa questão pode ter relação com os processos de “sound design”, ou desenho de som, que ocorrem, geralmente, na edição de grandes produções. “O som que a gente escuta não é necessariamente o som que foi gravado ali na hora”, explica Alexandre Marino Fernandez, professor da Universidade Anhembi Morumbi. Assim, quando se quer enfatizar um som, ele é reconstruído dentro do estúdio durante a pós-produção.

No entanto, outra possibilidade é a utilização de bancos de sons, nos quais é possível encontrar variados tipos de sons, como buzinas e miados. Logo, existem grandes chances de que o som escutado na série, que remete a marca de cervejas, Skol; pode ser derivado do uso inadequado de uma dessas bases de som.

“Na hora de construir a ambiência, usaram um som provavelmente de um banco de som ou de algum site em que as pessoas gravam e postam, e não perceberam que tinha um detalhezinho em outra língua”, explica Fernandez.

O que a “Skol Latão” e a nova série da Apple com o Jason Momoa tem a ver?
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Porém, Martin Eikmeier, coordenador acadêmico da Academia Internacional de Cinema, afirma não existir um banco de sons comercializáveis operando no Brasil. Assim, segundo ele, existem plataformas de som privadas de estúdios e redes de TV brasileiras. Dessa forma, para isso ter ocorrido, um desses bancos privados foi utilizado ou, durante a edição de “See”, foi consultado um dos bancos gratuitos disponíveis online, os quais são alimentados por pessoas do mundo todo, incluindo brasileiros.

Até o momento, o problema não foi solucionado pela Apple, que teria que remover o episódio do serviço de streaming, levá-lo para o estúdio novamente e substituir o arquivo de som, para que fosse adicionado à sua plataforma sem os gritos por Skol.

E aí? Você, que assistiu ao seriado, chegou a notar os anúncios por “Skol Latão”?

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