História do Foie Gras
O foie gras, preparação que faz parte da identidade cultural alimentar dos franceses, existe, segundo os historiadores, desde o 3º milénio antes de Cristo.
Algumas espécies de aves migratórias super se alimentavam naturalmente para conseguir sobreviver durante o inverno, ou antes de enfrentar longos trajetos migratórios.
Observando esse processo natural, os egípcios desenvolveram a técnica de engorda dos fígados de algumas espécies de aves, perpetuada depois entre os gregos e romanos.
Trazido do Novo Mundo, juntamente com o milho, a técnica de engorda dos fígados dos gansos foram aperfeiçoada somente quando chegou no sudoeste da França e na Alsácia.
Nos séculos XVII e XVIII, o foie gras era consumido pelos camponeses, devido ao grande teor de gordura, no qual deixa o alimento conservado por mais tempo, e pelos reis e nobreza, por se tratar de uma iguaria requintada.
Já no século XIX, com as técnicas de esterilização surgiram as primeiras empresas de conservas, algumas delas se transformaram em grandes maisons francesas responsáveis por divulgar o foie gras para o mundo inteiro.
O foie gras se tornou um ícone da alta gastronomia e faz parte do patrimônio cultural da França.
LEI QUE SANCIONA O CONSUMO DE FOIE GRAS EM NOVA YORK
Ativistas consideram que a produção da iguaria, um patê feito com fígado de pato, ganso ou marreco, desrespeita os direitos dos animais, visto que as aves são alimentadas de forma forçada com um tubo enfiado diretamente na garganta, tendo o intuito de hipertrofiar o seu órgão.
Tendo isso em vista, a câmara municipal de NY aprovou, por 42 votos a 6, uma lei que proíbe a comercialização do foie gras em todos os estabelecimento a partir de 2022, tendo como multa de até U$ 2.000,00 (cerca de R$8.000,00) o estabelecimento que não cumprir essa nova lei.
A cidade de Chicago foi pioneira na adoção de medidas similares em 2006, porém, dois anos depois, a ordem municipal foi revogada. Outra cidade norte-americana que também sancionou lei desse tipo em 2012 foi Califórnia, sendo, também, suspensa três anos depois, porém voltou a ser instaurada em 2017.
Essa nova legislação afetará de forma direta os produtores dessa iguaria, que, diferentemente de outras cidades, é considerado patrimônio gastronômico e cultural na França. Além de temerem fechar as portas, por agravar os problemas financeiros, as empresas deixarão centenas de pessoas desempregadas.
As organizações que defendem os direitos dos animais, como a Voters for Animal Rights, consideram que essa é a legislação mais importante já adotada em Nova York nesse âmbito. Argentina, Áustria, Dinamarca, República Tcheca, Finlândia, Israel, Turquia, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Suécia, Suíça, Holanda e Reino Unido já proibiram a produção, segundo a ONG Igualdade Animal. A Índia também proibiu a importação.
O que você acha dessa atitude da Câmara de NY? Você já deixou de comer alguma coisa por conta dos maus tratos aos animais?