Nina Horta, uma das mais importantes cronistas de gastronomia do Brasil, faleceu na noite deste domingo (6) aos 80 anos em decorrência de uma infecção generalizada. As informações são da Folha de S. Paulo, jornal onde a mineira manteve uma coluna sobre comida desde 1987.
Autora dos livros “Não É Sopa”, uma coletânea de crônicas lançada em 1995, e “O Frango Ensopado da Minha Mãe”, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de gastronomia em 2016, Nina falava sobre alimentação de um jeito leve e delicado.
Seu último texto publicado na Folha foi em 6 de fevereiro. Com o título “Pequenas Coisas”, a crônica contava a história de uma casa que ficou imune à tragédia de Brumadinho, poucas semanas antes. Desde então, sem novas publicações, passou a receber mensagens carinhosas eu seu perfil no Facebook que questionavam por onde andava Nina Horta.
Nina Horta nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, mas viveu em São Paulo a maior parte de sua vida. Formou-se em filosofia da educação na Universidade de São Paulo (USP) em 1969.
Durante 27 anos, comandou o famoso Buffet Ginger, espaço para eventos, ao lado da empresária Andrea Rinzler. Em 2012, as sócias romperam a parceria.
Além do trabalho como cronista, Nina Horta foi tradutora de alguns livros sobre gastronomia. O mais recente, lançado em 2019, é o “Sal, Gordura, Ácido, Calor”, da chef premiada Samin Nosrat. A obra, que investiga a fundo a influência dos elementos na cozinha, inspirou a série “Salt Fat Acid Heat” da Netflix e e tem o prefácio assinado por Michael Pollan, autor dos best-sellers “O Dilema do Onívoro” e “Em Defesa da Comida”.
Viúva, Nina deixa três filhos, três netos e um bisneto. Seu velório e enterro ocorreram na manhã desta segunda (7), no Cemitério do Morumbi.