FOODSERVICE GERA EMPREGOS CHEGANDO A 6,1 MILHÕES EM 2023: Em um contexto marcado pela interseção de desafios econômicos e sanitários, o setor de foodservice no Brasil emerge como um protagonista surpreendente, gerando um expressivo total de 6,1 milhões de empregos entre janeiro e setembro de 2023, conforme aponta o detalhado relatório “Reflexo da Pandemia no Foodservice”, desenvolvido pela consultoria Melius.
Os dados mais recentes revelam um crescimento notável de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando uma recuperação vigorosa e sustentável. Mesmo diante da redução no número de estabelecimentos nos últimos três anos, o setor de foodservice não apenas se reergue, mas também evidencia uma impressionante capacidade de reinvenção, restabelecendo os níveis de emprego e se aproximando dos patamares pré-pandêmicos.
No terceiro trimestre de 2023, os segmentos diretamente atrelados ao foodservice exibiram um aumento de 6% em relação ao ano anterior, 2022, consolidando um sólido avanço que se estendeu a um incremento de 1,3% quando comparado ao segundo trimestre do mesmo ano. Essa dinâmica reflete a gradual retomada das atividades econômicas após os desafios enfrentados durante a pandemia, apontando para uma trajetória de recuperação robusta.
Empregos nos Bares e Restaurantes: Crescimento Sólido enquanto foodservice gera empregos
Um ponto particularmente notável desse panorama é o vigoroso crescimento no número de postos de trabalho nos bares e restaurantes, tendência que se desenha desde 2022. Até setembro de 2023, o setor gerou um impressionante acréscimo de 330 mil novas vagas de emprego. A liderança desse movimento ficou a cargo dos restaurantes, que expandiram sua oferta de empregos em 6,6%. Os bares, por sua vez, apresentaram um crescimento ainda mais expressivo, atingindo 6,8% em comparação com o ano de 2021.
Amílcar Lacerda, economista e coordenador da pesquisa, ressalta os desafios enfrentados pelos estabelecimentos nos anos de 2021 e 2022, destacando que muitos restaurantes tiveram que encerrar suas atividades nesse período. Ele destaca: “O maior problema enfrentado foi manter a sustentabilidade do negócio. Durante a crise sanitária, nem todos conseguiram reestruturar seus cardápios e manter a rentabilidade.”
Mais Empregos com Menos Unidades: Resiliência em Números
De maneira surpreendente, o relatório revela que, apesar da sequência de fechamentos ao longo dos últimos três anos, o número de empregos formais no setor aumentou substancialmente. Em 2020, o Brasil contava com 403.330 unidades de foodservice. No ano seguinte, houve uma redução para 392.515 estabelecimentos, e em 2022, o número continuou a diminuir, chegando a 388.135 unidades.
Lacerda explica que o crescimento de empregos se materializou em 2022, quando as restrições começaram a diminuir e os padrões de consumo se normalizaram. “Os restaurantes que se mantiveram abertos ou foram adquiridos por grupos maiores precisaram contratar mais pessoas para atender a uma demanda reprimida durante a pandemia.”
Além disso, o relatório destaca a retomada significativa do setor de bares, que registrou um crescimento de 6,7% em termos de empregos em 2022, recuperando-se de uma queda expressiva de 19% em 2021.
Diante desses números impressionantes, torna-se evidente que, mesmo enfrentando os desafios econômicos e sanitários, o setor de foodservice no Brasil não apenas sobrevive, mas demonstra resiliência e uma notável capacidade de adaptação. Essa resiliência, longe de ser apenas um dado estatístico, se traduz na retomada expressiva de empregos e na contribuição efetiva para a vitalidade econômica do país. O setor não apenas se reergue; ele prospera, sinalizando uma promissora perspectiva para o futuro.
Conclusão: Foodservice no Brasil – Resiliência e Perspectivas Promissoras
Em um panorama complexo e desafiador, a recente análise do setor de foodservice no Brasil revela não apenas números expressivos, mas também uma resiliência admirável frente aos obstáculos econômicos e sanitários. Os 6,1 milhões de empregos gerados entre janeiro e setembro de 2023 refletem não apenas uma recuperação sólida, mas também a capacidade do setor em adaptar-se e reinventar-se diante de adversidades.
O crescimento notável nos postos de trabalho, especialmente nos bares e restaurantes, destaca-se como uma narrativa positiva em meio às dificuldades enfrentadas durante os anos críticos de 2021 e 2022. O fato de o setor ter superado a redução no número de estabelecimentos nos últimos três anos, ao mesmo tempo em que ampliava a oferta de empregos, é um testemunho da resiliência e da habilidade estratégica dos players do setor.
Amílcar Lacerda, economista e coordenador da pesquisa, identifica de maneira precisa os desafios vivenciados pelos estabelecimentos durante a crise sanitária, evidenciando a necessidade de adaptação e reestruturação dos negócios. Contudo, a capacidade de resposta rápida à retomada gradual das atividades econômicas em 2022 resultou em um crescimento significativo nos empregos formais, contrariando as expectativas associadas à sequência de fechamentos de estabelecimentos.
A resiliência do setor de foodservice vai além dos dados estatísticos. Ela se traduz em histórias de recuperação, de estabelecimentos que encontraram maneiras inovadoras de atender a uma demanda represada, proporcionando não apenas a manutenção de empregos, mas a criação de novas oportunidades.
Ao olharmos para o futuro, os indicativos apontam para perspectivas promissoras. A retomada do setor de bares, com um expressivo crescimento de 6,7% em termos de empregos em 2022, revela uma capacidade de recuperação que transcende os desafios mais imediatos.
Em suma, o setor de foodservice no Brasil emerge não apenas como um sobrevivente, mas como um protagonista resiliente e adaptável. A sua capacidade de gerar empregos em meio a um cenário adverso não só contribui para a estabilidade econômica do país, mas também sinaliza uma trajetória de crescimento e prosperidade. O futuro do foodservice no Brasil, marcado por resiliência e inovação, parece promissor e repleto de oportunidades a serem exploradas.