(Foto: Divulgação.)
Atualmente, a maioria dos lugares do mundo conhecem o Dia das Bruxas, celebrando ele e fazendo eventos inspirados na temática. Essa data é fortemente aproveitada por restaurantes e empresas alimentícias, pois é um momento em que a criatividade pode ser explorada e posta a prova, além de que essa comemoração envolve diversos alimentos, como as abóboras e os doces.
Um exemplo da conexão entre a Gastronomia e o Halloween fica a cargo da própria abóbora. Nos Estados Unidos, nessa época do ano, já é tradição a comercialização de produtos a base desse alimento, assim como o preparo de receitas que envolvam o insumo, como a “pumpkin pie”, torta americana típica do Dia de Ação de Graças, mas que também é feita para evitar o desperdício dos restos das abóboras esculpidas, símbolo desta data comemorativa.
Porém, poucas pessoas sabem a verdadeira origem do Dia das Bruxas, ou, até mesmo, de sua conexão com o Dia de Todos os Santos, data celebrada pelos cristãos.
Antigamente, os celtas tinham a crença da imortalidade da alma e realizavam um festival de homenagem aos mortos, o “Samhain”, no qual grandes fogueiras eram feitas e se celebrava a abundância da colheita. No entanto, ao ocorrer a cristianização desse povo, foi-se estabelecido que o Dia de Todos os Santos deveria ser comemorado no dia 1 de novembro, mesma data do festival pagão, de modo a tentar substituir as celebrações, o que levou a união das duas tradições, tendo em vista que os celtas continuaram a fazer alguns de seus costumes de forma escondida.
Assim, a lenda, de que, nesse período, o véu entre o mundo dos mortos e dos vivos ficava muito fino e deixava com que eles pudessem atravessá-lo, foi difundida pela Europa e todos passaram a acreditar que, no dia 31 de outubro, as almas voltavam para visitar e espíritos malignos também. Devido a isso, surgiu o costume de deixar comida para eles e decorar as casas com elementos assustadores, para que isso afastasse visitantes indesejados. Por esses fatores que a palavra Halloween existe, pois deriva-se de “All Hallow’s Eve”, ou seja, a noite anterior ao dia dos santos, na qual a conexão entre os mundos era maior.
Assim, esse costume chegou à América com os imigrantes irlandeses, onde elementos pagãos, como a simbologia da bruxaria, voltaram a fazer parte da celebração. Foi a partir daí que teve-se a mistura de tradições e brincadeiras européias com a cultura americana, fatores que originaram o que se conhece, hoje, como Dia das Bruxas.
Mas e qual a relação da abóbora com tudo isso?
Bom, um dos elementos decorativos utilizados, na Irlanda, eram velas acendidas dentro de “turnips”, um tipo de nabo. Ao chegarem nas terras estrangeiras, os imigrantes não acharam esse insumo, mas perceberam uma vasta quantidade de abóboras. Com isso, eles passaram a utilizá-la no lugar do “turnip”, sem perder o costume originado na lenda do “Jack O’lantern”.