Brasil está diminuindo o consumo de carne, e tem elevação no consumo de produtos plant-based.
Com o aumento dos preços nos últimos anos, as expectativas para 2023 é que o preço da carne venha a reduzir ou se estabilizar, mas o consumo ainda segue reduzido, tendo como principal consequência o poder aquisitivo da maior parte dos brasileiros que buscam alternativas para substituir a carne.
Em 2022, o consumo de carne bovina alcançou 24,2 quilogramas (kg) por habitante, sendo o menor nível desde 2004 e quarto ano seguido de diminuição no consumo per capita, de acordo com o relatório divulgado pela Consultoria Agro do Banco Itaú BBA.
O que é plant-based (à base de plantas)?
Dieta plant-based:
O estilo alimentar plant-based enfatiza o consumo abundante de alimentos vegetais não refinados ou ultraprocessados e propõe excluir produtos animais como carne, laticínios e ovos.
Quanto mais integral o alimento for, mais saudável ele vai ser, e, portanto, a dieta é rica em hortaliças, frutas, grãos integrais e legumes, enquanto alimentos com farinhas refinadas, açúcar e gorduras em excesso são evitados.
Produtos plant-based:
Produtos e subprodutos que eram de origem animal, feitos 100% a partir de ingredientes de origem vegetal, preservando ou assimilando as características sensoriais, cor, sabor, textura, etc. Como exemplo os laticínios feito a base de oleaginosas; hambúrgueres e ultraprocessados feito a base de soja, grão-de-bico, etc.
Aumento no consumo
De acordo com a projeção do Bloomberg Intelligence, se as vendas e a implantação de produtos lácteos e carnes alternativas continuarem a crescer, o mercado global de produtos plant-based poderá aumentar de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões na próxima década.
O Brasil se destaca entre os países da américa latina com um grande potencial de crescimento do consumo de produtos plant-based, e alguns fatores além da diminuição do consumo de carne influenciam diretamente para esse aumento.
Entre eles estão os novos hábitos alimentares, as causas sociais, o Meio ambiente, e as que mais impulsiona a demanda, a intolerância à lactose e a saúde de modo geral.
Influencia da intolerância à lactose
Dado apontam que até 75% da população global é intolerante à lactose, dificultando a digestão adequada do leite bovino. Isso ajudou a impulsionar a adoção de alternativas ao leite sem lactose e à base de plantas. worldwide prevalence of lactose intolerance in recent populations (schematic)
A incapacidade de digerir lactose tem um impacto mais significativo nas populações asiáticas, negras e nativas do que nos hispânicos e caucasianos, resultando em vendas globais alternativas significativamente maiores na região asiáticas.
Os produtos lácteos à base de vegetal normalmente carregam a sensação de serem uma opção mais saudável do que os produtos convencionais de base animal, o que também está estimulando o interesse e a procura do consumidor.
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