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A ameaça do aquecimento global sobre o suprimento de alimentos chegou à gastronomia japonesa. A produção de algas marinhas usadas para fazer as folhas secas de nori, camada fina que envolve sushis e temakis, vem diminuindo nos últimos anos no Japão por causa do aumento da temperatura dos oceanos. O caso do nori tem um agravante: políticas ambientais para despoluir as águas reduzem a concentração de nutrientes essenciais para a alga, como fósforo e nitrogênio.
Nos últimos 20 anos, a produção anual de nori no Japão caiu de cerca de 10,5 bilhões de folhas para pouco mais de 6 bilhões, segundo o Financial Times. Na cidade de Futtsu, o número de produtores de algas caiu de cem em 2015 para 73 no ano passado.
As chamadas macroalgas, como as que originam o nori, são valiosas para a indústria de alimentos, que com elas fabrica sorvete, cerveja, chocolate e outros itens.
No Brasil, apesar da extensa costa, as espécies que crescem aqui não têm o mesmo valor comercial das asiáticas. As variedades mais comercializadas preferem regiões de clima frio.
Para além do sushi, o cultivo de algas pode ajudar a reverter as mudanças climáticas, segundo o professor, porque elas são capazes de sequestrar o carbono da atmosfera no processo de fotossíntese. A escala atual de produção, no entanto, ainda não traz os benefícios.
David Drysdale, chefe da divisão de créditos à exportação da OCDE, se reúne nesta segunda-feira (14) com a CNI para falar sobre modelos de financiamento às exportações pelo mundo. A entidade afirma que está preocupada com as incertezas sobre o financiamento público às vendas externas.
Empreendedores brasileiros, para fugirem da paralisação das atividades e do aumento expressivo nos custos, estão adotando alternativas como pepinos ou mesmo, massa de pastel e massa harumaki, no lugar do nori; como é o caso das imagens abaixo.
Nossa equipe, em conversas com ex-proprietários de casas de culinária japonesa, relatam que o valor chegou a aumentar quase 300% em menos de dois anos, o que impossibilitou o uso da alga já que o consumidor não aceitava o aumento no preço do produto.